Créditos da imagem: Folha de São Paulo
São poucos os homens que se tornam imortais ainda em vida e com certeza Johan Cruyff, morto hoje, aos 68 anos de idade, era um destes.
Segundo suas próprias palavras, o futebol lhe deu tudo o que ele conquistou (e não foi pouco) e o cigarro lhe tirou a vida (em seu auge como jogador, chegou a fumar 20 por dia).
Nascido em Amsterdã, o gigante de 1,81m, Hendrik Johannes “Johan” Cruyff é considerado um jogador revolucionário. São muitos os adjetivos que se aplicam ao ídolo do carrossel holandês: jogador revolucionário, tático, ofensivo, coletivo, vistoso e eficiente são apenas alguns deles.
Também foi um dos maiores ídolos da história do Barcelona, do Ajax e da seleção holandesa.
A batalha de Cruyff com o câncer foi rápida e a doença o atingiu de forma fulminante. O ex-jogador revelou estar doente já na reta final do ano passado, em outubro e, menos de seis meses depois, não resistiu.
Entre diversos textos publicados sobre o nobre Cruyff, reproduzo parte do artigo publicado sobre a carreira do craque holandês e publicado em 2014.
Aqui na íntegra http://imortaisdofutebol.com/2014/08/21/tecnico-imortal-johan-cruyff/
“O revolucionário e sua totalidade”
Imagine que em um belo dia você abrisse o jornal e visse que o jogador com maior inteligência tática e técnica de toda a história do futebol decidisse se tornar treinador. Seria o técnico perfeito, certo? Bem, ele chegou bem perto disso. Muito perto. Após se aposentar dos gramados consagrado como gênio, ídolo e símbolo máximo do melhor Ajax e da melhor Holanda de todos os tempos, Johan Cruyff, o “craque total”, decidiu aplicar tudo o que havia aprendido em mais de 20 anos como jogador profissional nas pranchetas. Seu início, como não poderia deixar de ser, foi no mesmo clube que ele ajudou a engrandecer: o Ajax.
Por lá, mostrou que categoria de base era coisa séria e plantou a semente do que viria a ser, anos depois, o segundo melhor time do clube na história – o esquadrão campeão mundial e da Europa em 1995.
Depois de alguns anos (e títulos) em Amsterdã, Cruyff seguiu o mesmo caminho dos tempos de atleta e foi para o Barcelona. Por lá, ele fez questão de realizar a obra de sua vida, seu best seller, sua magnitude como profissional do esporte. Durante oito anos, Cruyff transformou para sempre o FC Barcelona e fez valer como nunca a marcante frase “mais que um clube” tão difundida com o tempo.
Na Catalunha, o holandês transformou as categorias de base, fez o clube incorporar à sua filosofia futebolística o futebol ofensivo e a troca de passes de ampla qualidade e, claro, levou o Barça a títulos inesquecíveis, marcantes e inéditos. Entre 1991 e 1994, o clube dominou a Espanha, chegou ao topo da Europa e só não foi o maior do planeta porque topou com uma “Ferrari tricolor”. Ele fez aquele timaço jogar sempre no ataque com o intuito de divertir tanto o público como os próprios jogadores.
O futebol era o oxigênio de Cruyff, como ele sempre disse, e ele se divertia praticando ou comandando onze atletas dentro de campo.
Uma pena que problemas de saúde tenham abreviado sua carreira, que foi curta, porém marcante e que o colocou para sempre no rol dos maiores técnicos que o futebol já teve, um homem que sempre quis ver futebol bonito, jogadores aplicados taticamente e que nunca hesitou em topar de frente com qualquer estrela, fosse ela do naipe de Stoichkov, Laudrup ou Romário.
É hora de relembrar.
Times que treinou: Ajax-HOL (1985-1988), Barcelona-ESP (1988-1996) e Seleção da Catalunha (2009-2013).
Principais títulos por clubes: 1 Recopa da UEFA (1986-1987) e 2 Copas da Holanda (1985-1986 e 1986-1987) pelo Ajax.
1 Liga dos Campeões da UEFA (1991-1992), 1 Supercopa da UEFA (1992), 1 Recopa da UEFA (1988-1989), 4 Campeonatos Espanhóis (1990-1991, 1991-1992, 1992-1993 e 1993-1994), 1 Copa do Rei (1989-1990) e 3 Supercopas da Espanha (1991, 1992 e 1994) pelo Barcelona.
Principais títulos individuais: Melhor técnico do ano pela revista World Soccer: 1987
Prêmio Don Balón de Melhor Técnico do Ano no futebol espanhol: 1991 e 1992
Onze d´Or de Melhor Técnico do Ano: 1991 e 1992
Leia também: Johan Cruyff – Momentos mágicos e abandonos
Já disse e repito: Bela homenagem a um dos protagonistas da história do futebol. Simples e visionário, Johan Cruyff virou lenda. 😉
Muitos vão discordar do que irei dizer. Vão falar do Brasil de 70 e 82. Santos de 62 e 63, Barcelona recente. Mas pra mim, a melhor equipe de todos os tempos foi a Holanda de 74. Ao assistir os jogos da copa de 74, em especial Holanda 2×0 Uruguai, o que a Holanda faz naquele jogo é algo inacreditável. SE eles tivesse boa pontaria a partida teria acabado uns 54×0. A linha de impedimento que eles formaram deixou o time Uruguaio completamente perdido o jogo inteiro.
de um certo modo concordo com vc mano, mas não podemos esquecer que quem escalava o time era o grande Rinus Michels #Respect fora de campo, dentro o Johan Cruyff.
Que legal, Bruno Silva, vou querer ver esse jogo contra o Uruguai!
Eu vi a semifinal contra o Brasil e fiquei impressionado como o jogo era todo deles e o Brasil mal pegava na bola. Para mim parecia o jogo entre duas equipes de épocas diferentes, como se a Holanda tivesse vindo do futuro numa máquina do tempo, rs!
Sim essa foi a melhor seleção da europa de todos os tempos.. não garanto do mundo mas era um time que jamais sera comparado….
Esse jogou de mais aquela seleção de 74 conhecida como laranja mecânica encantou o mundo
[…] seu melhor traje e iniciaram as homenagens para um dos maiores jogadores da história, você mesmo, Johan Cruyff. O mosaico tinha a sua camisa 14 e surgiu meio à lágrimas e […]