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Se é para zoar, vamos zoar. Tirar sarro, brincar com os amigos palmeirenses, até que percam a paciência, o que não devem, nunca.
Mas se é para falar sério, vamos falar sério. Futebol permite ambas as situações, sempre lembrando que se trata de um esporte. Profissão para quem é do meio -de jogador a roupeiro- e diversão para quem está de fora. Sem brigas, o que infelizmente não acontece, e muita brincadeira.
Falando sério, o palmeirense deve estar feliz com a sua temporada. Tudo bem que um quarto lugar no Mundial Interclubes não é posição que leve a galera para a Paulista, mas calma lá.
Quantos times, no mundo, se candidataram ao título que o Bayern acabou levando? Claro que não foram apenas os que estiveram na competição. Como disse, agora é falando sério. E se deve contar, claro que sim, os que foram ficando pela estrada – às vezes nem passando da fase pré-Libertadores. Aliás, se é para falar de vexame, quer vexame maior?
Não contei quantos, nem é necessário. Cinquenta? Setenta? Só no Brasil, foram quantos? Oi, incluindo todas as fases? Pois é, Corinthians, São Paulo, Flamengo, Santos, os argentinos River Plate, Boca Juniors e companhia, foram todos ficando pelo caminho, eliminados.
Em última análise, qual time daqui chegou lá e atingiu o ápice que um clube brasileiro pode atingir na atualidade (ou alguém acredita que algum sul-americano poderia bater o Bayern)? O Palmeiras, na frente dos times de todos os sarristas e brincalhões.
O time poderia ter jogado mais bola? Poderia! Mas a maratona de jogos e o esgotamento mental são bons argumentos para explicar o fraco desempenho, embora não o justifiquem totalmente.
Portanto, palmeirenses, palestrinos, polentinhas, peppas, não liguem para os outros e curtam o quarto lugar -ainda que sem muita euforia- porque os demais ficaram muito atrás.

Em seus mais de cinquenta anos de carreira, teve passagem marcante pelos principais veículos de comunicação do país, como Rede Globo, SporTV, Placar, O Estado de S.Paulo, Jornal da Tarde e Portal Terra. Além de expoente do jornalismo esportivo brasileiro, é advogado de formação.
O porquinho só está melhor que o timeco dos Bambis