Créditos da imagem: Portal Terra
Pausa da Copa, treinadores ameaçados e “torcida única” fazem do clássico um tanto imprevisível
“Um time travado, incapaz de convencer os próprios torcedores”.
A afirmação caberia tanto para o Santos quanto para o Palmeiras nesta temporada, não?
Menos mal que, pelo menos sob a minha ótica, há espaço para crescimento em ambas as equipes. Vejamos:
No Peixe, o camisa 10 da Costa Rica, Bryan Ruiz (uma boa contratação se consideradas as possibilidades do mercado. Antes ele, um jogador com carreira internacional, do que, digamos, um Marquinhos Gabriel, um Marlone, um Régis, ou um Robinho, do Cruzeiro, que pouco resolvem por onde passam) foi contratado para acabar com a carência no setor de criação. Mais: Carlos Sánchez, volante uruguaio campeão da Libertadores pelo River Plate em 2015, é outro que vem para contribuir com sua experiência internacional, assim como um camisa 9 artilheiro, segundo consta, ainda deve chegar. Em tese, um time mais encorpado e competitivo. A conferir se Jair Ventura topará ser menos pragmático em suas escolhas e se a turbulência política no clube dará uma trégua no segundo semestre.
No Alviverde, Keno saiu, é verdade. Mas Scarpa “voltou”. Uma troca que considero vantajosa para o confuso Roger Machado. Keno é veloz e driblador, mas finaliza mal e é pouco inteligente dentro de campo. Costumo brincar que o atacante é uma mistura de Messi com Maikon Leite. Um jogador “mal-acabado”, por assim dizer. Embora útil, especialmente no “um contra um”. Já Scarpa é mais cerebral e mais competente nos arremates e na leitura do jogo. Um jogador que vejo com muita expectativa, até pensando no novo ciclo da Seleção Brasileira. Fosse eu treinador palmeirense e tentaria uma escalação com Bruno Henrique, Moisés e Lucas Lima (Guerra); Gustavo Scarpa; Dudu (Hyoran) e Willian. Sem Felipe Melo e Borja, este que respeitosamente considero um “atraso futebolístico”. Uma das vantagens de ainda não se ter um padrão de jogo definido em pleno mês de julho é a possibilidade de mexer nas peças do elenco sem muito receio.
Prováveis escalações e palpite do colunista:
SANTOS: Vanderlei; Victor Ferraz, Lucas Veríssimo, David Braz (Gustavo Henrique) e Dodô; Alison, Renato e Rodrygo; Bruno Henrique, Gabigol e Sasha.
Desfalques: Bryan Ruiz e Carlos Sánchez ganharam alguns dias de folga por terem disputado a Copa do Mundo da Rússia. Pituca está suspenso.
PALMEIRAS: Weverton; Marcos Rocha, Antônio Carlos, Edu Dracena e Diogo Barbosa; Felipe Melo, Bruno Henrique, Gustavo Scarpa, Lucas Lima e Hyoran; Willian.
Desfalques: Jailson, Luan, Moisés e Dudu estão suspensos e Borja machucado.
Palpite: o Santos joga em casa, mas os melhores jogos do Palmeiras no ano foram como visitante: empate.
Rapidinhas
– Rodrygo é a mais nova joia do futebol brasileiro. A ver como reagirá à pressão de ter sido vendido para o todo-poderoso Real Madrid por incríveis 50 milhões de euros;
– Dudu, suspenso, não estará em campo, mas é assunto. De maneira compreensível, o meia-atacante chiou por não ter sido negociado com o futebol chinês. A ver como será a sua sequência na temporada. Penso que o Palmeiras – que tão somente exerceu o seu direito de “contratante”, é bom que se diga – arrumou sarna para se coçar;
– Será que Gabigol dará algum sinal de que ainda se importa com a própria carreira? Estivesse eu em sua pele e gritaria em algum microfone para o mundo ouvir: “Frank De Boer tem razão, vou buscar melhorar e amadurecer”;
– Passada a frustração pela não convocação para a Copa, será que o ex-santista Lucas Lima, agora mais ambientado ao Palmeiras, passará a jogar futebol no nível que o seu talento sugere?;
– Há jogadores no futebol brasileiro – inclusive neste Santos x Palmeiras – que podem vestir a camisa da Seleção Brasileira. Pelo fim das convocações na base da “carteirada”, que sejamos também críticos com aqueles “de fora”. Como bem diz o comentarista da ESPN Brasil, o ex-jogador Zé Elias, o futebol praticado na Europa é diferente do nosso praticado aqui. Só que essa diferença não implica somente em vantagens para os “europeus”. Brilhar em terras brasileiras significa brilhar no lugar ao qual a nossa seleção pertence. E isso não é pouco. Talvez para os pragmáticos e donos de fórmulas prontas. Mas não para mim. Tite poderia ter sido mais sensível e levado alguns jogadores do nosso futebol doméstico entre Vanderlei, Marcelo Grohe, Arthur, Maicon, Rodriguinho, Luan, Bruno Henrique e até Róger Guedes, sobre quem tratarei no tópico abaixo;
– Pouco se falou no assunto, mas Róger Guedes, o melhor jogador do Campeonato Brasileiro até a parada da Copa, foi vendido para a China. Mais dinheiro para os cofres palmeirenses. Ao Galo, restaram as penas e mais alguns trocados.
E segue o jogo.
Bela análise Fernando Prado. Ótimo texto. (Meu palpite 2×1 SANTOS). Se não vencer o clássico diante do rival Palmeiras a minha opinião é que “Jair Ventura” seje demitido do Santos Futebol Clube mas isso provavelmente irá acontecer.
Excelente texto. VAMOS AMADO PEIXE, GANHAR DO TIMECO SEM MUNDIAL.
Vai pra cima deles santos
Vamos santos
Times medíocres técnicos na corda bamba