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Estou bem animado para a finalíssima da Libertadores na próxima quarta-feira! Imagino uma motivação enorme das duas partes, com um cenário bem indefinido, mesmo com a considerável vantagem conquistada pelo Olimpia no jogo de ida.
Normalmente, considero que o 2 x 0 é quase irreversível em eliminatórias dessa grandeza. Mas a conjugação de fatos como o Atlético ter se mostrado capaz de superar situações bem adversas, o Olimpia não ter um retrospecto muito bom fora de casa (com a pré-Libertadores, são 3 derrotas, 2 empates e 2 vitórias na fase de grupos) e a não existência do péssimo saldo qualificado (futuramente farei um texto expondo o porquê de eu achar inexplicável essa invenção) torna a situação ainda aberta no meu entendimento.
Se o Atlético fosse jogar com os laterais titulares e a partida fosse no Independência, eu estaria bem mais otimista com a conquista inédita.
Odeio ficar em cima do muro nessas situações, mas realmente não consigo dar um palpite de quem será o campeão. Sou capaz de apostar que o Atlético vencerá a partida, mas que não por mais do que dois gols, ou seja, prevejo uma vitória atleticana por 1 ou 2 gols. Entretanto, tenho que dizer que vejo o Olimpia como favorito a ficar com a taça. Uns 60% a 40%.
Há uma especial “necessidade” dessa conquista por parte do Atlético e de sua torcida, que merecem muito essa redenção, também justificada pela campanha do time atual. É uma equipe “limpa”, moderna, ofensiva, capaz de superar situações adversas e que, apesar de toda a má fama do Cuca, não costuma ter comportamento de coitadinha. Uma derrota seria traumática e absurdamente sofrida para toda “coletividade atleticana”.
Mas não tem como não ver méritos neste Olimpia, que foi o líder do grupo que tinha o campeão argentino Newells Old Boys, fez uma das melhores campanhas da primeira fase, eliminou ao natural o campeão brasileiro Fluminense e ainda mereceu a vitória de ontem (mesmo que a duvidosa anulação do gol do Diego Tardelli pudesse ter feito diferença). A opinião pública brasileira sempre faz pouco dos times estrangeiros na Libertadores, não somos capazes de respeitar nem mesmo os times argentinos, então seria muito pedir isso com um time paraguaio (por mais que seja tricampeão da Libertadores e uma delas tenham sido conquistada contra brasileiros), mas neste caso essa postura me parece ainda mais injustificada.
De todo modo, o Mineirão tem tudo para abrigar uma partida eletrizante, cheia de possibilidades, e que coroará uma campanha pra ficar marcada na história do clube campeão.