Créditos da imagem: Portal Terra
Acabamos de assistir às finais dos campeonatos regionais pelo Brasil. Algumas mantendo “a escrita”, outras com novos campeões e outras, ainda, com “velhos-novos campeões”.
Foram, no geral, finais empolgantes e algumas partidas (principalmente no Nordeste) com ótimos públicos. Em termos de renda, o destaque fica por conta do Palmeiras, que tem enchido o seu novo estádio – o Allianz Parque – a cada partida lá disputada.
Dias após, tivemos a felicidade de poder assistir a jogos maravilhosos da Liga dos Campeões da Europa, verdadeiros espetáculos de futebol, com grande colaboração do artista maior do momento: Lionel Messi. Aliás, o genial lance em que o craque argentino deixou o defensor adversário no chão certamente entrou na galeria dos grandes momentos da história do futebol.
Pois bem, mal tomamos fôlego e assistimos a bons jogos pela Copa Libertadores da América, especialmente o empate por 2 a 2 entre Atlético-MG e Internacional. Bom futebol e boas rendas (no Morumbi, o duelo entre São Paulo e Cruzeiro, bateu o recorde de público pagante do ano no país: 66.214). O ponto negativo: vários jogos ao mesmo tempo. E aqui deixo um desafio: como achar um meio termo entre os interesses da televisão (querer transmitir simultaneamente jogos dos times de acordo com os Estados a que pertencem o público telespectador parece razoável) e os do campeonato, que só teria a ganhar caso os seus grandes jogos pudessem ser acompanhados por todos? Algo a ser pensado no geograficamente gigante Brasil.
Mas, retornando ao início da nossa conversa, no final de semana foi “dada a largada” no Brasileirão 2015.
Infelizmente, penso que até o mais fanático dos torcedores vai pensar bastante em enfiar a mão no bolso para assistir clássicos com times mistos (Cruzeiro, São Paulo, Atlético, Inter e Corinthians pouparam os seus titulares na estreia) ou outros jogos de pouca expressão. Até a torcida do Sport, normalmente tão participativa, foi decepcionante na primeira rodada, com um público em torno de 4 mil pagantes para assistir a partida em que o time da casa goleou o Figueirense por 4 a 1. Uma lástima.
Embora soe absurdo, é possível constatar que o Campeonato Brasileiro não começa no começo, mas sim no meio. O marco zero, o verdadeiro ponto de partida, se dará tão somente após a participação dos times brasileiros na Libertadores e da Seleção Brasileira na Copa América (os atletas convocados desfalcarão as suas equipes durante o Brasileiro. Não seria justo que a CBF arcasse com os salários de Robinho, Elias, Jefferson e Marcelo Grohe durante o período?). Sem falar na temida “janela de transferências” no meio do ano.
Até lá, façamos votos para que este início de competição não gere prejuízos insuperáveis aos clubes e que tenha bastante equilíbrio para empolgar as diversas torcidas brasileiras.
Que os estádios novos e a paixão do torcedor mantenham a “chama acesa”.
Mas até quando?