Créditos da imagem: violencianoesporte.blogspot.com.br
Tem tomado cada vez mais corpo uma ideia que é quase consenso entre os torcedores de futebol do nosso país: a campanha “Jogo 10 da noite, não!”, que simboliza a luta contra as partidas neste horário, que desrespeitam os frequentadores das praças esportivas brasileiras.
Os questionamentos e reclamações a respeito do tema são muitos e beiram o óbvio: a impossibilidade de utilização do transporte público por conta do horário do término das partidas, o “dia seguinte” dos trabalhadores e estudantes, a violência urbana, entre outros.
A “imposição” deste horário perverso aos torcedores, atletas e jornalistas vem da emissora de televisão que detém os direitos de transmissão dos maiores campeonatos do país (e que por isso paga muito bem) e que privilegia as suas novelas (outra paixão nacional) em detrimento do futebol.
Pensando nisso que o grupo “Futebol, Mídia e Democracia” lançou recentemente a campanha “Jogo 10 da noite, não!”, que teve adesão imediata de vários segmentos relacionados ao futebol brasileiro. Os torcedores de todos os cantos do país têm realizado espontaneamente manifestações de apoio como cartazes nas partidas e até bandeiras e faixas.
Importante ressaltar que a campanha não é contra a emissora de televisão, mas sim com o que ela tem feito com o “produto futebol”.
Ora, é dever da detentora dos direitos de transmissão do futebol nacional tentar encontrar um equilíbrio entre o seu lado comercial (algo também importante, claro) e o lado do torcedor, este que deveria sempre ser a prioridade na hora de uma tomada de decisão, vez que representa a razão de ser do esporte. Mas, infelizmente, não é o que se vê por aqui.
Recentemente, a Anatorg (Associação Nacional das Torcidas Organizadas) aderiu à campanha, fortalecendo ainda mais essa luta que deve ser de todos que querem ver os torcedores respeitados e os estádios cada vez mais frequentados e vibrantes.
Na última semana, pelas semifinais da Copa do Brasil, os torcedores de Santos e São Paulo deram seus recados contra as partidas “da madrugada”.
Na capital paulista, depois de uma queda de energia que durou mais de 20 minutos, o jogo terminaria tão somente à MEIA NOITE E VINTE!
E aí, anima de ir assistir um joguinho no meio da semana que vem? Pois é…
Para que não continuemos matando o futebol brasileiro, “Jogo 10 da noite, não!”.
Ótimo tema e abordagem. Realmente jogo as 22 horas é bem complicado por conta dos problemas descritos acima.
Porém, nos grandes centros como São Paulo, Rio de Janeiro etc, fica inviável também jogo as 19H30h. Acho que entre 20h30h e 21h00h, seria perfeito. Quem sabe o bom senso prevaleça enfim, pensando no torcedor.
Abraços.
Eu acho que deveria ser feito uma pesquisa séria sobre o tema. Pra mim que trabalha até tarde o jogo às 22 horas é o ideal. Concordo com o comentário feito acima, de que jogo 19:30 é inviável. Eu acho que as pessoas em regra gostam de dormir tarde, nos centros urbanos aonde se tem metrô, o mesmo sempre “estica” o horário. A questão da violência é uma bobagem, pautado em quê, 22 horas é mais perigoso que 21 horas?