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Uma frase dita por Gabriel Xavier (foto) após a partida contra o River Plate retrata com inteligência o que foi o primeiro confronto entre as equipes pelas quartas de final da Libertadores: “o Cruzeiro tornou tranquilo um duelo tenso”.
Vá lá que os millonarios não sejam o esquadrão de outrora e possuam um péssimo retrospecto diante da equipe mineira, mas o gigante argentino vinha cheio de moral após eliminar o arquirrival Boca Juniors no escandaloso episódio do spray de pimenta e prometia partir pra cima a fim de encaminhar a classificação jogando em seus domínios.
No entanto, graças ao comportamento maduro do time comandado por Marcelo Oliveira, que valorizou a posse de bola e não se limitou a ficar na defesa, o jogo foi se voltando contra a equipe da casa, que logo viu a debilidade de seu ataque sendo evidenciada diante de uma equipe bem postada e consciente do que fazer na partida.
Curioso como o mundo dá voltas e o Cruzeiro, até pouco tempo visto com ressalvas (em certa medida, justas àquela altura, já que era um time em transformação, totalmente remodelado), passando a ser respeitado e sendo hoje o brasileiro com maiores chances na competição (o outro, o Internacional de Porto Alegre, terá que reverter a derrota por 1 a 0 sofrida fora de casa, contra o bom Santa Fé, da Colômbia).
O setor ofensivo, tão alterado após as saídas de Everton Ribeiro, Ricardo Goulart e Marcelo Moreno, está forte novamente, sendo composto por Leandro Damião, que voltou a ser o ótimo centroavante dos tempos de Internacional, jogador combativo, técnico e fazedor de gols; Willian, que se consolida (já havia jogado bem pelo Corinthians) como um jogador de primeiro nível, sendo cada vez mais participativo e competitivo; Marquinhos, que se tivesse tido uma carreira mais bem conduzida (teve passagens conturbadas por Vitória, Palmeiras e Flamengo), poderia ter alçado vôos mais altos, já que é na atualidade um dos melhores meias do futebol brasileiro; e o inconstante De Arrascaeta, que tem potencial técnico, mas ainda é um tanto instável, além de não ser exatamente um organizador de jogadas à la Everton Ribeiro, ou, como aquele que foi objeto de desejo do time celeste para o seu lugar mas que não foi contratado, Lucas Lima, do Santos. Ontem, quando o uruguaio foi substituído pela grata surpresa Gabriel Xavier (jogador de 21 anos vindo – pasmem! – da Portuguesa de Desportos que foi rebaixada à Série C do Brasileiro no ano passado), o time melhorou e muito a sua produção e conseguiu anotar o gol que lhe conferiu a vantagem no confronto. Aliás, nas poucas vezes em pude acompanhar os seus jogos, o achei muito bom de bola. Tomara que se firme.
De qualquer forma, em um campeonato em que três dos maiores favoritos – Atlético-MG, Boca Juniors e Corinthians – ficaram pelo caminho, e com chance de mais um – Internacional – ser eliminado, o Cruzeiro, que em qualquer circunstância já seria forte, pode pintar como o maior candidato ao título.
Algo que, pelo treinador e bons jogadores que possui, além da tradição, não surpreende. Mas que pelo momento de transição do clube, seria inegavelmente um grande feito.
E segue o jogo.
Traz o ralf e o guerreiro pro cruzeiro
É o que? Esses dois ali são os melhores do coríntias cara.