Créditos da imagem: Nelson Perez/Fluminense FC
Para se livrar dos jogadores com os maiores salários do elenco em 2017, a diretoria do Fluminense resolveu dispensá-los, sem mais nem menos, do dia para a noite, sem tentar qualquer acordo que pudesse aliviar as contas que o clube ainda tinha a pagar.
No dia da dispensa, em 30 de dezembro do ano passado, escrevi uma coluna (LEIA AQUI), através da qual externei como considerei extremamente amadora a atitude dos cartolas tricolores.
Reproduzo uma parte do que escrevo na coluna: “Há dois fatos que ilustram perfeitamente essa situação [de amadorismo]. A começar pela inevitável quantia que deverá ser paga aos jogadores pela quebra unilateral do contrato. Em vários casos, inclusive, o valor da quebra contratual é idêntico à soma dos salários restantes até a data de vencimento do contrato, o que, trocando em miúdos, significa a mesma quantia que o clube gastaria caso mantivesse o jogador em sua folha, mas com o ônus de não poder contar com seus serviços por toda a temporada, além de provavelmente vê-lo jogar num rival nacional. Isso sem contar possíveis indenizações e outras cláusulas trabalhistas e financeiras que devem terminar com ganho por parte dos jogadores”.
Sim, nem precisava ser formado em gestão esportiva ou financeira para cravar que todas essas dispensas dariam errado e que o molho sairia muito mais caro que o peixe.
Além dos mais de R$ 5 milhões que já paga a Cavalieri, R$ 7,5 milhões para Marquinho e outros valores para jogadores dispensados, agora, o clube terá de pagar mais R$ 9,1 milhões a Henrique, que, à época, ja contava com o interesse do Corinthians e poderia ser liberado com uma contrapartida ou, ao menos, sem custas nem indenização para o jogador.
Os cartolas brasileiros trucidam o futebol nacional. Não à toa, o Flu só não caiu no último Brasileirão porque vários times não conseguiram a proeza de fazer os 45 pontos necessários.
Imagina todo esse dinheiro na conta do clube para contratação de jogadores e quitação de outras dívidas? Pois é, vai para o bolso de quem foi dispensado amadoramente.
Uma vergonha tricolor. Maior ainda porque podia ser, como foi, totalmente premeditada.