Créditos da imagem: Montagem / No Ângulo
Desde que sou criança, ouço dizer que a disputa da Libertadores é “coisa para macho”. Os times brasileiros sempre sofreram com a catimba, violência, arbitragens escandalosas, entre outros absurdos. Mas, no senso comum dos torcedores, o torneio é assim mesmo. Tem que ser muito homem para disputá-lo.
Até há alguns anos, não havia transmissão da maior parte dos jogos. Isso deixava os atletas mais expostos ainda. Com os avanços tecnológicos e a valorização da Libertadores, podemos ver todos os jogos. Mas, em vez de melhorar, o que era escondido passou a ser feito às claras.
O último exemplo foi a partida Peñarol 2 x 3 Palmeiras, no dia 26 de abril, em Montevidéu. Depois de uma atuação heroica, os palmeirenses viraram o jogo na casa do adversário. No final, os irados uruguaios perseguiram os brasileiros e teve início uma batalha campal.
Era de se esperar punições para todos os envolvidos. Mas a Conmebol (quem?) propôs punições pesadas ao Palmeiras. Com a derrota alviverde para os bolivianos do Jorge Wilstermann na partida seguinte, os brasileiros terão uma verdadeira decisão contra o Tucumán na última rodada, e correm o risco de jogar em um Allianz Parque com portões fechados. Ou seja, os palmeirenses devem ser os culpados por terem sido perseguidos em campo, ao final do jogo. Uma completa inversão dos fatos que todos viram pela TV. Se os brasileiros não tivessem reforçado sua própria segurança, poderíamos ter tido uma tragédia.
Nenhuma novidade. É assim que os times do Brasil sempre têm sido tratados na Libertadores. Em 2013, em um jogo eliminatório, no Pacaembu, o juiz paraguaio Carlos Amarilla cometeu uma das mais horrorosas arbitragens da história do futebol sul-americano. O Corinthians foi eliminado e os brasileiros, incluindo a CBF, não fizeram nada. Em 2001, o Palmeiras foi prejudicado contra o Boca, na Bombonera, em dia de atuação trágica do juiz, também paraguaio, Ubaldo Aquino. O jogo acabou em 2 a 2 e os brasileiros acabaram eliminados na partida de volta. Ninguém, mais uma vez, fez nada. A lista de absurdos é enorme, não dá para falar de todos os casos em apenas um texto.
Não é mais possível que, em pleno século 21, essas armações ainda sejam tratadas como “o romantismo da Libertadores”. De romântico e charmoso isso não tem nada. É falta de profissionalismo, falta de educação. Os times brasileiros ganharam importância enorme no torneio, que depende muito de nossos recursos financeiros, rendas etc. Até quando aceitaremos o papel de bobos?
Eu confesso que normalmente não gosto de teorias da conspiração, mas para tudo tem limite! Acho que se realmente derem uma punição dessas ao Palmeiras, é para o clube de rebelar mesmo contra a Conmebol! Nem cobro nada dos “coirmãos”, porque os clubes daqui são irritantemente desunidos…
Dheyson Rikardo
Bem feito
brasileiro soh eh robado na libertadores
Por essas e outras sentimos tanta inveja da Champions. Parece que precisaríamos estar em outro continente.