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Você sabia que técnico não recebe a medalha em Olimpíadas? Em nenhum esporte.
Veterano de 12 delas, lá e cá, só fiquei sabendo disso em 1992, quando reclamaram que José Roberto Guimarães ficou sem o ouro no peito, depois de levar nosso vôlei masculino à vitória, em Barcelona.
Não recebe e acho correto. Porque logo pediriam uma para o auxiliar do técnico, “tão importante quanto ele”. Para o médico, “que colocou o time em ordem”. Para o fisioterapeuta, o massagista, a mãe que amamentou o herói… Nessa toada, logo chegariam aos cartolas, “que levaram os jogos para a cidade, vencendo concorrentes poderosos”. Para os governantes, que “deram os bilhões para construir as arenas e estádios”. Deram? Que roubaram, mas fizeram…
No caso da conquista do “tão sonhado ouro”, pelos “garotos” do Brasil, além da medalha para o técnico, que a CBF, acabo de ler, pretende dar, logo surgiriam os advogados de defesa de Tite e Felipão. Sim, Tite e Felipão. Ou você não leu e ouviu que “teve dedo dos dois”, quando o time jogou bem e venceu, após os duas primeiras partidas, quando foi ridículo?
E chegaríamos a alguns coleguinhas, que de forma mais direta ou disfarçada, reivindicam suas parcelas de glórias, contando que Neymar e cia só reagiram e passaram a jogar bem depois que eles lhes aplicaram belos puxões de orelhas, com suas críticas duras, mas certeiras.
Ok, tudo bem que não pedissem uma medalha de ouro do mesmo tamanho, mas pelo menos uma menor – de São Cristóvão.
Eu excluiria dessa longa relação os que, depois de calorosos aplausos, elevando-o à condição de novo rei, aquele que, pelo que tem feito estando apenas com 24 anos, baterá todos os recordes de Pelé, viveram minutos de recaída e o desdenharam por usar uma fita na cabeça escrita “100% Jesus”. Teria sido para homenagear o companheiro de ataque, ou, muito mais longe, para mostrar sua fé em Deus?
Alguém gritou, na crítica, que o “Estado é laico”, sem explicar o que tem a calça com a cueca. Que sua demonstração de fé, sendo o caso, é falsa. Por quê? Porque ele gosta de namorar e de baladas. Na certa, os mesmos o olhariam de banda, se vivesse de forma inversa. E, baixinho, diriam – “sei não, sei não…”.
Que mal faz namorar e curtir baladas, desde que, como atleta e profissional, não vá além do limite ditado pela inteligência? Ainda mais, como já repetiu, sendo rico, jovem e assediado por elas?
Com o ouro, os que o detonaram, rápidos como Bolt, mudaram o papo. De uma ponta à outra do exagero. De “responsável pelo fracasso”, virou herói, “o” herói. Protagonista, como é a moda atual, esquecidos de que um time é formado por 11 e, especialmente do goleiro, que defendeu um pênalti no momento crucial. Muito bom que Tite tenha lembrado dele e convocado para o jogo contra o Equador.
Marrento – gosto de marrentos – Neymar deu aquela de Zagallo. No que fez muito bem. Não falou pra mim nem pra você, quero crer. Mas para os donos da verdade, que costumam cobrar mais do que ele e os outros podem dar e que, nas vitórias, querem tirar sua casquinha, dizendo que, no caso, o ouro só veio porque eles puxaram as orelhas dos “garotos”. Sem medalhinhas de São Cristóvão para eles.
Assino embaixo, Mestre José Aquino! O Neymar vira e mexe me “decepciona” por ser um moleque, mas isso é o que ele é, simplesmente. Gosto dessa personalidade ficando mais forte. Ele sempre tentou ser “bom menino” e o choque com aquele repórter na coletiva de apresentação para a Olimpíada foi a primeira vez que o vi bancar uma posição que pode desagradar.
Fora que tem gente que pega no pé dele porque, no fundo, queria que todo mundo fosse “ídolo politizado” (e de esquerda), tipo o Sócrates. Se pegam no pé até do Pelé por isso, imagine do Neymar…
Felizmente o mundo é diverso 😉
Meu caro, não curto quem, para um lado ou para o outro, quer que as pessoas que se destacam de alguma forma, chamadas agora, protagonistas ou famosas, pensem e ajam como ele. Cansei de ver pessoas querendo a todo custo que Pelé dissesse ter sido vítima de racismo. Foi marcado como demagogo quando falou de assistência às criancinhas, no momento do milésimo gol. Várias vezes testemunhei como Pelé era tratado como personalidade, ídolo, lá fora, completamente diferente do que faziam e fazem aqui. Jornalista brasileiro tem a mania de achar que jogador deve obedecê-lo e agradá-lo, como se dependesse deles. Tipo, “eu te fiz e eu posso te destruir”. Não suportam quando um se mostra independente, consciente do que é…
igual o neymar mesmo kkk
Quem é igual ao Neymar, o Gabriel de Jesus?