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Você já deve ter ouvido falar da épica guerra de Tróia, de suas batalhas, de seus heróis e de seu mais inesperado desfecho. Então, muito provavelmente conhece a história do jovem Aquiles, maior herói dessa épica batalha, representação máxima da força dos gregos e da incrível vitória frente às, até então, intransponíveis barreiras troianas.
Mas se você não conhece nada disso, talvez já tenha ouvido falar na famosa expressão “calcanhar de Aquiles”, sinônimo para ponto fraco, fraqueza, etc., coisas que a sabedoria popular incorpora com maestria, numa mistura única entre erudição e popularidade.
Derrotado com uma flechada em pleno calcanhar, Aquiles ressurge, transpassa a história e chega em 2016 com outro nome e imagem, falando português, vestindo terno e gravata e dirigindo a Seleção Brasileira de Futebol. Aquiles, agora, responde por Adenor Bacchi, ou para os mais íntimos, apenas por Tite.
Tite hoje é o que mais próximo temos de herói nacional. É a luta contra o derradeiro futebol brasileiro, contra o fim das indicações de empresário, contra a podridão da CBF, as desconfianças e, principalmente, é a recuperação da tão desgastada imagem canarinha em áreas internacionais. Aquiles, ou melhor, Tite, é a nossa última esperança em reconquistar territórios, ultrapassar barreiras intransponíveis, fincar nossa bandeira no local mais alto do castelo e, por fim, beijar nossa tão sonhada noiva, a Taça do Mundo, em 2018.
Mas Tite se parece tanto com o jovem herói grego que, além de seus pontos mais fortes, deixou à mostra, também, desde sua primeira convocação, seu frágil calcanhar, à vista e ao alcance de todos aqueles que podem – e querem – atingi-lo com flechadas (e elas já começaram). O calcanhar de Tite, no caso, tem nome, ou melhor, nomes. Tite se torna frágil quando o assunto é seus homens de confiança; transpira gratidão e se agarra ao histórico, não ao presente. Taison, Paulinho, Giuliano são jogadores que não fazem, não fizeram e não estão fazendo por onde merecer a convocação; vêm por confiança, por terem feito bons trabalhos com ele, apenas com ele, e nada mais.
Assim como Aquiles, Tite parece não saber a importância em esconder seu próprio calcanhar. Em 2013, após a conquista do Mundial de Clubes pelo Corinthians, Tite sofreu. Viu seus melhores soldados decaírem, perderem a motivação, jogarem por 0 x 0, e mesmo assim, nada fez. Sem forças suficientes para abrir mão de seus homens de confiança, Tite, então, afundou. Passou a despencar com eles e, incapaz de se soltar, fez seu pior ano na década e, contestado, saiu do clube paulista. Três anos depois, Tite ‘reagarra-se’ em seus homens de confiança. Não importa se estão em bom momento, se merecem, se são os melhores. Tite os olha com brilho nos olhos, acreditando que Paulinho é aquele de 2012 e que Taison e Giuliano são aqueles de 2009.
Mais de 3000 anos depois, a história reincide: a nação é o Brasil e Aquiles, agora, é Tite, com 200 milhões de gregos pra lhe defender, mas, ao mesmo tempo, 200 milhões de troianos para lhe atacar. Cabe a ele decidir: deixará seu calcanhar exposto como em 2013 ou lutará para readquirir as honras de seu exército ferido?
O desfecho? Também é inesperado e são coisas que, assim como Troia, apenas um dia nossa história dirá.
EXCELENTE, PARABÉNS.
Sensacional! Inteligentíssimo!
Muito bom o texto, Jorge Freitas! Mas confesso que eu discordo da sua visão neste caso. Até farei um texto sobre isto 😉
[…] a primeira convocação de Tite para a Seleção Brasileira, vi muita gente contestando a convocação do volante Paulinho, ex-Corinthians e hoje na China, tratando-o como “jogador de confiança de Tite”, tal […]
Como é que tite convoca Paulinho pra seleção na moral preferia Ramires
Vamos esperar o time jogar , hoje não temos muitas opções , nossa bola esta curtinha . A maioria da crônica esportiva enaltece Willlian por jogar na Europa , um tremendo armandinho 37 jogos 6 gols , Nem contra o Haiti 7×1 ele marca, desde 2011 na seleçào dois gols por ano ,para um meia atacante é muito pouco . Nào gosto de jogadores que não assumem a camisa ,prefiro um perna de pau que assume a responsabolidade.
Assino embaixo, Djalma Eliezer Silva! E também sou fã daquela sua crítica sobre os outros jogadores de frente da Seleção sempre se colocarem como fãs e coadjuvantes do Neymar!
Gabriel Rostey Grato amigo
Eu só discordo que você falou do Giuliano nao está jogando nada, o Giuliano ta jogando de mais saiu do Grêmio em auto nível já, o Taison e o Paulinho e embaçado ne mais fazer o que, vamos ver no que dá, e tomare que o Tite com esses jogadores queime nossas línguas