Créditos da imagem: Montagem / No Ângulo
Para variar, vou nadar contra a maré. Tenho lido e ouvido a imprensa esportiva cravar um favoritismo disparado de Palmeiras e Flamengo, times mais ricos e compradores do país. É inegável que os dois largam na frente da concorrência em 2019, mas será que a distância para os demais é tão grande assim? Creio que, em um período de carência de grandes jogadores, ter muito dinheiro é excelente, mas não garante 100% de sucesso.
Foi-se o tempo em que o país tinha craques em quantidade e que um bom patrocínio ou parceria garantia esquadrões praticamente invencíveis. Mesmo com dinheiro comparável à época da Parmalat, o Palmeiras não tem no mercado talentos como Edmundo, Rivaldo, César Sampaio, Roberto Carlos, Cafu, Evair, Zinho etc. O Corinthians, ainda que não estivesse em grave crise financeira, não conseguiria reunir novamente craques como Gamarra, Vampeta, Rincón, Ricardinho, Marcelinho, Edilson e Luisão.
Palmeiras e Flamengo conseguem juntar os melhores dentro da média e um ou outro diferenciado. Mas isso não impede que sofram concorrência de Cruzeiro e Grêmio. O Corinthians, horrível em 2018, com muito pouco investimento promete ter um time competitivo neste ano. Assim como o São Paulo, que tem Hernanes de volta. Sem contar o Inter, que fez bom papel no ano passado mesmo sem ter grandes craques.
Nossas promessas vão para a Europa assim que completam a maioridade, como Vinícius Júnior, Paulinho (ex-Vasco), Rodrygo e Gabriel Jesus. Os menos talentosos aceitam qualquer proposta de Rússia, China, Oriente Médio e outros mercados menos cotados. Faltam produtos na vitrine de nosso futebol.
Um milionário residente em grande cidade pode comprar nas lojas mais sofisticadas os produtos caros e luxuosos. Um rico que mora em uma vila remota terá que comprar no mesmo armazém que seus vizinhos. Esta segunda hipótese é a que cabe melhor para o momento do futebol brasileiro.
Tens razão. Faz diferença ter mais dinheiro do que os outros se você comprar camarão e os outros comprarem sardinha. No Brasil ninguém tem dinheiro para camarão, então a diferença é se está comprando sardinha ou pescada.
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