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O Flamengo aproveitou seu bom momento, a sua torcida e a má fase do rival e dominou o Corinthians a maior parte do tempo na merecida vitória por 1 a 0, no Maracanã, nesse domingo. Como disse o treinador (interino?) Maurício Barbieri ao fim do jogo, o time uniu “desempenho e resultado”. Em outras palavras: jogou bem, venceu e convenceu.
Líder com 20 pontos em nove jogos, a euforia rubro-negra nem precisava de tantos motivos. Mais do que os quatro pontos de vantagem para o 2º colocado, o aproveitamento de 74% e o melhor ataque da competição, o potencial que o Flamengo ainda não mostrou talvez seja o que mais empolgue o torcedor.
Isso porque o time ainda claramente tem espaço para melhora.
O Flamengo ainda não tinha feito um jogo grande tão bom este ano quanto o de domingo. E mesmo assim, já liderava o Brasileirão. Mesmo no duelo contra o atual campeão, os comandados de Barbieri ainda não estiveram ao seu máximo. E, ainda sim, dominaram e venceram um provável rival direto na luta pelo título.
Éverton Ribeiro, mais uma vez, fez partida discretíssima no ataque, aparecendo muito pouco para um jogador do tamanho dele. Fica preso à sua posição na ponta direita, problema que também afeta Vinicius Junior, mais útil e arisco, na outra ponta. Henrique Dourado continua sua briga com a pelota e é praticamente um a menos em campo, falhando nas tabelas, nos pivôs e nas finalizações. A defesa, apesar de muito bem individualmente, ainda é a reserva, sem Juan, Réver e Cuéllar, agora, ameaçados por Léo Duarte, Rhodolfo e Jonas.
No jogo contra o Corinthians, alguns dos problemas já conhecidos apareceram, principalmente após a entrada de Roger no time paulista, com a lesão de Jadson. A última metade do primeiro tempo mostrou os paulistas mais perigosos, utilizando o latifúndio deixado pelos rubro-negros entre defesa e ataque. Um problema que já aparecia nos outros jogos.
Outra interrogação são as falhas na finalização e no último passe. Com ou sem a posse, o quinteto ofensivo do Flamengo não é tão perigoso quanto poderia ser e ainda “encera” muito as jogadas, atrasando a eficiência das tramas de ataque. Erra muito e não mata os jogos que domina (como contra o Bahia) e não contra-golpeia com eficiência quando é atacado (como contra o Atlético Mineiro, em que pese o gol de contra-ataque, mas numa falha do lateral mineiro).
Ou seja, o líder isolado do campeonato tem problemas. É um time que nitidamente ainda está em construção. Mas se (re)constrói com vitórias, o que dá tranquilidade para continuar no caminho e dá a famosa euforia para o torcedor rubro-negro, ansioso pelo que pode estar por vir.
Serão três rodadas até a parada para a Copa (Flu, Paraná e Palmeiras). Na intertemporada, jogadores podem chegar e sair, e ajustes deverão ser feitos. Se mantida a média, os 6 ou 7 pontos deverão manter o Flamengo na liderança e no rumo certo para quando o campeonato voltar e pegar no embalo.
E esse arranque de um time ainda em construção pode fazer a diferença no final.
Quando vi a estreia do Flamengo no Brasileiro, contra o Vitória, logo de cara eu me animei com a escalação. Muito melhor do que a dos tempos em que tinha Márcios Araújos, Gabriéis, Arões e Evertons. E o desempenho em campo acompanhou essa nítida melhora na escalação!
Eu fico impressionado como, às vezes, um jogador sozinho é capaz de revolucionar um time, e para mim é isso o que o Paquetá fez com este Flamengo.
Enfim, acho que é um time que está no bolo dos principais do Brasil (no qual eu coloco o Grêmio um pouco à frente, e Corinthians, Cruzeiro, Flamengo e Palmeiras bem embolados) e que, desta vez, deve mesmo brigar pesado por tudo o que disputar.
Esse ano o time está bem mesmo, só não deixar virar bagunça!!
Ninguém mais vai segurar esse Fla não, podem anotar!!!!!!!!
Segue o líder Flamengo