Créditos da imagem: Reprodução Gazeta Esportiva
Pudesse eu escolher os 11 titulares de eventual seleção entre todos os jogadores do Brasileirão e nenhum seria do Santos
Eis os escolhidos para o “meu time” (não necessariamente os melhores desta edição do campeonato):
- Weverton; Daniel Alves, Geromel, Gil e Filipe Luís; Maicon, Gerson e Everton Ribeiro; Bruno Henrique, Gabigol e Everton Cebolinha
Total de 5 jogadores do Flamengo; 3 do Grêmio; 1 do Corinthians; 1 do São Paulo e 1 do Palmeiras.
Veja que o rubro-negro carioca, líder e maior favorito ao título, representa metade da minha seleção se considerados apenas os jogadores de linha.
De maneira que, ante a evidente disparidade técnica entre os seus elencos, o jogo entre os então líder e vice-líder do último sábado, no Maracanã, serviu para medir a excelência do trabalho de Jorge Sampaoli no clube da Vila Belmiro. Explico: até levar o golaço-aço-aço de Gabigol (de longe, o melhor jogador do campeonato), o Santos conseguiu ser superior ao Flamengo na maior parte do primeiro tempo, com uma proposta de “futebol coletivo” e “total”, buscando ocupar os espaços, ter maior posse de bola, desarmar rapidamente e assim explorar a velocidade e profundidade de Soteldo e Marinho (este, arisco e com personalidade, mas pouco inteligente e limitado nas conclusões das jogadas). Uma pena para o Santos que Sasha -de boas atuações na competição- tenha tido uma jornada deveras infeliz e prejudicado tantos ataques, além de ter cometido o fatídico erro (passe de bandeja para Everton Ribeiro) que determinaria o resultado da partida, “Everson adiantado à parte”.
Vá lá que seria bem possível e até provável que o Flamengo vencesse mesmo se não tivesse marcado na primeira etapa. Sánchez caiu muito fisicamente (o que, diga-se, tem sido uma constante), Jorge continuou apagado e Marinho e Sasha desperdiçando bolas importantes, além de que, o natural e esperado seria que a equipe mais talentosa, ainda mais atuando em seus domínios com o apoio de sua torcida, retomasse o “prumo”.
Mas a verdade é que nunca saberemos como o confronto teria terminado e, fosse ele -não é!- uma extensão linear, por assim dizer, do primeiro tempo, e o Santos poderia sim ter saído vitorioso do Rio de Janeiro.
E é por isso que, ainda que teoricamente com menos chances do que Flamengo e Palmeiras, o santista ainda pode sonhar em conquistar o Brasileirão.
O amor pelo balón, que andava ausente desde a derrota para o São Paulo, deu sinais de que pode voltar! Não por coincidência, após a saída de Aguilar do time (depois de muita teimosia e pontos perdidos) e o abandono do esquema com 3 zagueiros (o zagueiro de origem Luan Peres atuou contra o rubro-negro, na prática, como um lateral defensivo pelo lado esquerdo da defesa santista, bem diferente das vezes em que Lucas Veríssimo -o melhor zagueiro do elenco e um dos melhores do País- atuou, pelo lado direito, numa bagunçada linha de 3 que não se comunicava com os supostos alas, até pela ausência do necessário articulador de jogadas Victor Ferraz em ditas partidas).
O derrotado Santos saiu mais forte do Maracanã.
E segue o jogo.
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