Créditos da imagem: Washington Alves/Light Press
Mano Menezes saiu do país para estudar. Fez cursos da UEFA e se aprofundou no conhecimento tático para melhorar sua concepção e visão sobre futebol. Assumiu um Cruzeiro desmotivado depois da passagem de Vanderlei Luxemburgo, com a missão de reorganizar um time que, mesmo com todas as baixas no início da temporada, parecia promissor com Marcelo Oliveira.
E dentro do possível, conseguiu o objetivo: afastar o time mineiro da zona de rebaixamento. O Cruzeiro chegou aos 41 pontos com a vitória sobre Fluminense, e segue na sua campanha para fugir do parte de baixo. Quarta vitória em nove jogos, com empates contra Grêmio e Atlético-MG – este perdendo pênalti no último minuto. Uma única derrota: para o embalado Flamengo, no Maracanã. Desde então, sete jogos de invencibilidade.
Mano logo implementou a sistemática de movimentação e objetividade, recuperando o bom futebol de Willian. Reserva com Luxa, artilheiro com Mano: nove gols em sete jogos. O técnico distribui sua equipe no 4-1-4-1/4-3-3 com modelos de jogo semelhantes aos vistos no Barcelona, campeão da Champions, e no Real Madrid, comandado por Ancelotti e Benítez.
Liberdade para Willian e Arrascaeta flutuarem, com os laterais chegando por trás. A trinca de volantes composta por Williams, Henrique e Ariel Cabral, ainda ganha o auxílio de Allano na compactação. Duas linhas de quatro próximas e avançadas. Uma equipe que perde a bola e logo pressiona para roubá-la.
Trabalho que pode dar bons frutos em longo prazo.