Créditos da imagem: Wall Street Journal
A dois dias do início de mais uma Copa do Mundo de Futebol, já comemoramos o primeiro golaço num mês que promete ser inesquecível a todos os amantes do esporte
Pela primeira vez, nesta última segunda-feira, reuniram-se os líderes norte-americano e norte-coreano para um acordo de paz, que finda de uma vez por todas as inúmeras farpas trocadas por ambos desde que Donald Trump assumiu o poder dos Estados Unidos.
Engana-se quem pensa que isso poderia não ter influência no Mundial. Tensões jamais são bem-vindas e ter qualquer indício de conflito próximo aos locais onde a bola vai rolar traria preocupação e poderia acirrar os ânimos pelos lados do Oriente, principalmente porque a Rússia, sede da Copa deste ano, historicamente, tende a ir contra as decisões dos EUA.
Por exemplo, em janeiro deste ano, Trump afirmou que os russos ajudavam a Coreia do Norte a burlar as sansões econômicas impostas pelos norte-americanos em razão do arsenal nuclear de Kim Jong-Un, o ditador norte-coreano.
Com o encontro, declarações deste tipo devem se tornar mais raras, ao menos em relação à península coreana que desde a década de 50 é dividida por um norte socialista e um sul capitalista.
Mas o mais interessante de tudo é ver as marcantes coincidências entre anos de Copa e disposições geopolíticas por todo o globo. Até parece que a mágica da bola que desfila no gramado verde dos Mundiais atinge grandes líderes e o fazem tomar decisões apaziguadoras, por vezes até inesperadas.
Vale lembrar que, historicamente, a Copa se demonstra como um grande evento político, ao contrário do que dizem os pseudomoralizadores defensores da ideologia de Pão e Circo. Aliás, a ESPN, recentemente, produziu um excelente documentário intitulado de “Campo de Batalha”, que demonstra as relações entre o Mundial e, principalmente, a Guerra Fria.
Mas mesmo em épocas anteriores ou posteriores à divisão global entre capitalismo e socialismo, foi possível enxergar a importância do Mundial à ordem geopolítica global.
Só para citar alguns exemplos, em 1934, quando sua segunda edição ocorreu na Itália, Mussolini, o líder fascista italiano, transformou-a num marco de propaganda para impulsionar seu próprio governo. Mais recentemente, em 2006, a Alemanha reerguida usou a força publicitária da Copa do Mundo para divulgar uma nova visão de um país unificado, em paz e com grande desenvolvimento científico e econômico.
Poderemos dizer, daqui a alguns anos, que a Copa da Rússia foi a Copa de uma paz que não existia há séculos, mais precisamente desde o início da década de 50, quando se iniciou a Guerra da Coreia, entre um norte soviético e um sul capitalista, divididos apenas por uma simples, mas bastante bélica fronteira.
O conflito, que vive desde atenção apenas um cessar-fogo, nunca esteve tão perto de um fim quanto está agora.
Um golaço para aqueles que lutam diariamente pela paz mundial feito exatamente por quem não está na Copa no Mundo.

Prata da casa oriundo “Das Tribunas”, este internacionalista é tão louco por futebol que tratou do tema até em seu TCC. Mestre em Análise e Planejamento em Políticas Públicas, também é colunista do site Meu Timão.
2 homens loucos e vaidosos
não confio nesse “acordo de paz”
Primeira vez? Ops

Adilson, sua informação complementa o texto. Entretanto, o primeiro encontro citado se diz especificamente entre Trump e Kim Jong-Un.
Foram acerta a troca das ogivas !