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Sou da época em que os campeonatos regionais eram o principal objetivo dos grandes clubes brasileiros. Nos anos 60 e parte dos 70, era comum poupar jogadores nos torneios nacionais e até na Libertadores para dar prioridade aos estaduais.
O grande Santos abriu mão de disputar a Libertadores em 1967 para se dedicar ao Paulista. Em 1966, os times brasileiros sequer disputaram o torneio sul-americano. Algo impensável hoje em dia.
Para se ter uma ideia da importância suprema dos estaduais, o tabu de 11 anos (de 57 a 68) do time santista sobre o Corinthians se deu exclusivamente no Paulistão: 22 partidas, 16 vitórias do Peixe e seis empates. Os corintianos ganharam quatro jogos contra o rival neste período: três (1958, 1960 e 1961) pelo Torneio Rio-São Paulo e um (1962) pela Taça São Paulo. Porém, o que valia mesmo era o Paulista, por isso foram 11 anos de supremacia santista. E ninguém duvida disso.
O jejum de títulos do Corinthians sempre foi marcado pela falta de Paulista. Ninguém cobrava uma conquista dos torneios interestaduais existentes à época. Nem o título do Rio-São Paulo de 1966, mambembe porque foi dividido entre quatro times (Corinthians, Santos, Vasco e Botafogo) por falta de datas para a disputa das semifinais, amenizou o sofrimento corintiano.
Com a consolidação do Brasileiro de clubes, em 1971, e os sucessos de times nacionais na Libertadores a partir da metade daquela década (Cruzeiro-76, Flamengo-81 e Grêmio-83), os regionais começaram a perder prestígio.
O golpe final foi o São Paulo bicampeão da América do Sul e do mundo em 92 e 93. Ali, o eixo do futebol brasileiro definitivamente mudou.
Hoje, os regionais são considerados meros torneios de preparação para a temporada. Servem para que os times ajustem seus elencos visando os maiores desafios do ano. Certo, mas até a página 2. Na verdade, quando se aproxima das decisões as torcidas em todo o país, principalmente nos grandes centros, torcem, sofrem com as derrotas, ironizam adversários quando ganham e fazem festa para a taça. E até técnicos perdem cargos por desempenho ruim nas competições domésticas – vide os casos de Oswaldo em 2015 no Palmeiras e de Deivid (foto) neste ano no Cruzeiro. Ainda assim, o sucesso pode pouco representar. Aconteceu com Doriva, campeão paulista pelo Ituano em 2014 e carioca no Vasco, em 2015. Hoje, está fora da elite do futebol.
É certo que no próximo final de semana (como já foi no último) torcedores de grandes times estarão nos estádios ou ligados na TV para torcer nas decisões. Se perdem, lamentam. Se vencem, gozam os adversários e comemoram o título com gosto.
Sem dar vagas para torneios importantes, dividindo espaço com concorrentes fortes como a Libertadores e a Copa do Brasil, os regionais têm poucas chances de recuperar prestígio.
A saída poderia ser a mudança na sua forma de disputa, valorizando uma fase classificatória ao longo do ano entre os times menores e culminando com regras semelhantes à da Copa do Mundo na entrada dos grandes, para uma disputa que ocupasse no máximo o primeiro trimestre do ano. Essa e outras ideias poderiam ser testadas.
O importante é que os regionais deixem de ser sinônimos de tempo perdido no início da temporada e passem a ser uma competição de menor duração e muito mais emoção.
Boa tarde, Emerson Figueiredo. Bom, o Estadual já foi muito importante, mas agora a verdade é que ele atrapalha o nosso futebol.
Claro que ganhar é gostoso e a torcida deve sim comemorar, mas seria (ou será, creio nisso) melhor ainda comemorar algo que mobilizasse mais todo mundo, com estádios cheios, jogos com nível mais elevado, maiores premiações etc.
Nessa campanha pelo fim dos Estaduais, estou com Amir Somoggi e Gabriel Rostey (dois defensores ferrenhos dessa ideia) e não abro! Hehehe
É difícil justificar a manutenção deles nos moldes atuais. Mas não esqueçamos que o interior é um celeiro de craques e, por isso, precisa de atividades.
Concordo. Que joguem entre eles um torneio mais sustentável e do tamanho a eles correspondente.
COMO BEM RETRATOU O COLUNISTA, O ESTADUAL ANTES ERA O QUE PEGAVA, MUITO SUPERIOR A UMA LIBERTADORES, SÓ PRA SE TER UMA IDÉIA…
MAS COMO MUITAS COISAS NA VIDA, FICOU ULTRAPASSADO E DEVE FICAR GUARDADO NA MEMÓRIA COM TODO CARINHO, MAS É FATO QUE DEVE SER SUBSTITUÍDO POR UM CAMPEONATO INTERESTADUAL COM MAIS APELO…
OU AINDA, QUE O BRASILEIRÃO SEJA JOGADO O ANO TODO, COM A LIBERTADORES E A COPA DO BRASIL PARALELAMENTE…
É QUESTÃO DE SENTAR E CONVERSAR…
O que acham, Ulisses Lopresti Figueiredo e André Lopresti Figueiredo?
Eu gosto. Torço. Prefiro as rivalidades entre os times locais que jogos contra outros de outros estados. A bronca está na má vontade de coleguinhas, que falam em jogos só aos domingos – e nem imaginam o que isso pode representar para eles – e nas brigs entre torcedores. bem tratados, os jogos entre eles é dez…
Mas aínda acho muito mais emocionante os estaduais do q o brasileiro, os jogos decisivos é q fazem o nosso fubetol com cara de futebol, prova disso é a Champions,copa do mundo, mundial de clubes, torneios com jogos decisivos, com finais emocionantes,brasileiro q ficou sem graça e sem torcida, volta mata-mata
Q valor q perdeu no Paulista tiram o time ridículo do São Paulo todos o outros grandes levam MTS torcedores nos estádios pra ver jogos dos estatuais.