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Com carreira em ascensão como treinador, Rogério Ceni cairia como uma luva no Peixe
Jogador-símbolo do São Paulo e um dos maiores ídolos da história do clube, Rogério não vingou no comando do Tricolor (seja pela sua então imaturidade para exercer a nova função, seja pela extrema identificação com o clube -o que nem sempre é benéfico-, seja pela venda de alguns atletas importantes durante a sua gestão, seja pela turbulência política da alta cúpula são-paulina, seja por um pouco de tudo isso somado).
Sacudida a poeira, o ex-goleiro iniciou um projeto no Fortaleza que acabou sendo muito bem-sucedido: título da Série B conquistado antecipadamente (com todas as ressalvas que o campeonato deste ano merece, de tão sofrível nível técnico).
A pergunta passa a ser: como o Leão não possui grandes aspirações na primeira divisão, o caminho natural de Rogério seria uma nova tentativa no São Paulo, correto? Ainda mais depois da constrangedora derrocada do time no Brasileirão com Diego Aguirre.
Ao que respondo: em tese, sim. Mas hoje há um entrave: Rogério Ceni garantiu que não voltaria a comandar o São Paulo com Leco na presidência.
E é aqui que o Santos começa a entrar na jogada: precisando contratar um treinador de impacto após mais uma temporada insossa e o anúncio da saída de Cuca, o Peixe é o clube brasileiro com menor rejeição entre os grandes, o que facilitaria a vida de Rogério em eventual retorno ao São Paulo (uma justa meta profissional do eterno ídolo tricolor, creio eu).
Sob o ponto de vista do Santos, Ceni é barato quando comparado aos medalhões do mercado e encontra-se em viés de crescimento. Inteligente e recém-aposentado dos gramados, o já cobiçado treinador está atualizado e conhece como poucos o futebol brasileiro (em especial, o paulista). Além disso, o fato de o clube não ter se classificado para a próxima edição da Libertadores e o provável corte de gastos em contratações para 2019 ajudam na construção de um cenário de menor cobrança e expectativa para os torcedores e dirigentes santistas.
Quer mais? Vencedores, Santos e Rogério Ceni possuem o mesmo DNA ofensivo e o gosto pela busca constante do gol.
E como compatibilidade pouca é bobagem, o treinador gosta de trabalhar com a base, como Éder Militão e Luiz Araújo não me deixam mentir.
Por fim, penso que contratar o badalado Rogério Ceni talvez seja a única forma de o Santos conseguir obter algum protagonismo no próximo ano, já que, pelas vias normais (montagem de grande elenco e pacificação política), hoje, não parece algo factível.
E segue o jogo.
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[…] e teria tentado a contratação de Rogério Ceni para comandar o futebol do clube em 2019 (leia AQUI os porquês da minha […]
Como Santista, aprovo.