Créditos da imagem: FalaGlorioso.com.br,
Site do Atlético-PR/Gustavo Oliveira
Recentemente foi lançado um livro em comemoração aos 20 anos da conquista do Campeonato Brasileiro de 1995 pelo Botafogo. Ao ler a notícia, fiquei a relembrar tudo o que se passou com os grandes clubes brasileiros depois dela, e em como o Glorioso tem ficado para trás dos demais. Para exemplificar, todos eles venceram o Brasileirão ao menos uma vez depois disso, com a exceção do Inter – que conquistou duas Libertadores, um Mundial e uma Sul-Americana no período – e o Atlético Mineiro – vencedor de uma Libertadores e uma Copa do Brasil.
Mas o problema vai muito além de um fraco desempenho esportivo: em 2014, por exemplo, quando ainda estava na Série A (portanto os números de 2015 devem ser bem piores), o Botafogo teve somente a décima maior receita entre os clubes brasileiros, R$ 163,4 milhões. E agora vem o principal: a dívida, em expansão galopante, era a maior do país, de R$ 845,5 milhões. Para completar, o déficit em 2014 também foi o mais alto do Brasil, de R$ 174,8 milhões. Assim o clube está condenado a viver asfixiado financeiramente por um longo tempo.
Diante disso, o que fazer? Difícil uma torcida naturalmente exigente se resignar com o clube fadado a papéis secundários indefinidamente. Mas enquanto a situação for essa, vai ser difícil competir por nomes com os outros grandes, e mais Gabriéis (hoje no Palmeiras) e Willians Arões (no rival Flamengo) podem surgir.
Por isso creio que o Botafogo deveria tomar uma decisão estratégica: investir nas análises e na inteligência do esporte. A cada dia fica mais evidente a importância dessas áreas. Não por acaso, o clube que mais parece investir nesta área no Brasil, o Corinthians e o seu CIFUT (Centro de Inteligência do Futebol), vem tendo excelentes resultados nos últimos tempos, mesmo sem contar com tantos astros e tendo uma base formada por atletas desconhecidos (em muitos casos, bem escolhidos em função desse próprio trabalho de análise e inteligência).
O que proponho para o Botafogo é uma espécie de radicalização da receita do alvinegro de São Paulo. Assim como o Corinthians aposta na manutenção dos treinadores, no coletivo e na análise tática, o Botafogo poderia fazer isso com menos pressão, jogadores e comissão técnica mais baratos e uma priorização ainda maior ao trabalho de inteligência.
No mundo do futebol, Espanha, Portugal e Alemanha são os países que mais se destacam na produção do conhecimento. Não por acaso, os técnicos mais badalados da atualidade são desses países. E, ainda que possa ser prematuro, temos um português fazendo bom papel aqui no Brasil: Sérgio Vieira, treinador da Ferroviária de Araraquara, equipe-sensação do Campeonato Paulista até aqui. Ligado ao Atlético Paranaense, o jovem técnico lusitano tem apenas 33 anos, formação da UEFA e experiência no comando de equipes de Portugal e do Brasil. E estou dando apenas um exemplo. Se não fosse ele, poderia ser algum outro de mesmo perfil.
Fazendo um pacto com a torcida, que é sabedora das dificuldades atuais, apostar nesse caminho me parece a única solução para o clube de General Severiano. Mas não adiantará nada se o time estiver em má situação (como frequentemente vive nos últimos tempos), demitir o treinador na reta final do campeonato para contratar o Joel Santana ou o Renê Simões para fugir do rebaixamento, É necessário escolher esse caminho e acreditar nele, nem que seja pela falta de alternativas. Às vezes, é na falta de possibilidades que surge a ousadia de quem não tem nada a perder.
Com apenas sete profissionais da área de inteligência, o Corinthians de Tite consegue fazer jogadores renderem o que nunca fizeram antes, sem nenhum craque. Se o Botafogo investir o que ninguém jamais investiu nesta área no Brasil (o que certamente não pagaria nem mesmo o salário de um craque badalado), poderá ajudar a Estrela Solitária a voltar a brilhar. Jogar bola, muita gente sabe, mas entender o jogo é parte fundamental do esporte de alto rendimento de hoje. E um caminho óbvio para uma das camisas mais históricas e gloriosas do futebol mundial.
Ótimas ideias. O Botafogo precisa se mexer pra ontem!!!
Campeonato de 1995 ROUBADO.
Roubado seu rabo o gol do santos também foi ilegal se vc não sabe vá ver a reprise e temos dois títulos brasileiros 1968 e 1995
BOTAFOGO COM ESSE ELENCO AI VAI REVESAR COM O VASCO DE NOVO SE BRINCAR!
Leandro Benedito Fraga
Nunca brilhou, único título que tem ganhou roubado, talvez por isso foi amaldiçoado e virou bangu 2.
Kkkkkkk novo bangu sabe muito né babaca Otário