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No mundo da bola, existem algumas grandes verdades que de fato são grandes mentiras. Parece estranho, mas não é. Uma delas, é que “em time que está ganhando não se mexe”. Por que não, se sempre se pode melhorar? Na vida, na arte, no esporte… Quem para corre o risco de ser atropelado. Deixa de evoluir, crescer, produzir, reproduzir… Imagine se Pablo Picasso tivesse estancado na primeira fase da sua vida de pintor – já era um vencedor -, escultor, amante…. Sim, amante, porque amou muitas e belas mulheres. Imagine se tivessem parado no telefone inventado por Alexandre Graham Bell. Você não estaria agora brincando no seu celular – que nossos irmãos lusitanos, com sabedoria, chamam de “tele-móvel”. E se parassem na descoberta da eletricidade feita por Benjamim Franklin…
Passando para o esporte bretão, que só o Corinthians continua praticando, imagine se Vicente Feola insistisse com Joel, Mazzola e Dida – ataque goleador -, na Copa de 58, não dando vez a Garrincha, Vavá e Pelé. Se um grupo de jogadores, em santa hora, não tivesse convencido Zagallo que Tostão podia atuar ao lado de Pelé, que cabia Rivelino no time… Quer mais? Pois um time que anda ganhando por um, dois gols, pode ser perfeitamente mudado, ou mexido, passando a ganhar por três, quatro…
Outra verdade, que não passa de grande bobagem, é a de que “a seleção deve ser formada pelo que há de melhor no momento”. Que momento? Qual momento? Se respondeu o da convocação, você pode estar cometendo um grande equívoco. Eu disse que pode, não necessariamente que está. Se o momento da chamada coincidir com o da competição, beleza. É isso mesmo. Mas, se não for, o risco de dar errado é grande.
O momento visado por Dunga quando relacionou os jogadores para os dois amistosos nos Estados Unidos era um: o de buscar um montão de dinheiro – que é dividido entre a CBF e seus agenciadores. Caso para CPI. Valia levar qualquer um. Diferente de quando o que está em jogo é a participação do Brasil em uma Copa do Mundo. Este momento, o da competição para valer, é outro. E, como a Copa não será disputada agora, mas só em 2018 – daqui a três anos – não é certo pensar apenas nos melhores agora, neste exato momento, mas também nos que poderão estar bem lá na frente. Na hora em que a onça aparecer para beber água. Do pega pra capá.
Sim, eu sei que pra chegar lá, o time precisa, antes, passar pelas Eliminatórias – que, por sinal, fazem parte da Copa. E isso exige um cuidado ainda maior. É preciso estar atento nessa primeira fase, mas sem tirar o olho da última, aquela em que os Pachecões novamente se vestirão de verde e amarelo, falando do hexa, coisa e tal.
Um exemplo: Ricardo Oliveira, artilheiro do Santos e do Campeonato Brasileiro, está tinindo agora, mas estaria em 2018, beirando os 40 anos? Kaká, mesma idade, já não está na ponta dos cascos agora, estaria daqui a três anos? Reclamam da ausência de Thiago Silva, capitão de Felipão em 2014. Jovem, elegante, bom jogador, mas exageradamente emotivo. E que atua numa posição vital. Atacante até pode falhar, perder um gol. Luxo que não se pode dar a um zagueiro.
E, se é preciso ganhar vaga nas Eliminatórias e formar um novo time, que se comece logo. Você confia cegamente no Jefferson? Nem eu. E no…? Pois é.
Não estou aplaudindo nem vaiando a convocação do Dunga, problema dele, que ganha bem para isso. Só estou falando das verdades que são mentiras. E ainda bem que a relação pode ser mudada quantas vezes quiser. Ou puder…
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Infelizmente, amigo José Maria de Aquino, o Técnico (Dunga) é um sujeito inábil e muito ruim e o Supervisor (Gilmar) não é nada confiável ($$$). Eu aposto que esta dupla não chega até a Copa.
Acho que chegará, os adversários não são assim tão menos ruins. Eliminatória faz bem, porque treina e ajuda montar um time – o que não aconteceu para 2014 Se não ficar pelo menos entre os 4, é melhor fechar.rrsAbraçio. Tks