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Para os corintianos, 2018 já vai tarde. Agora, arriscar dizer que 2019 vai ser um ano feliz é aposta incerta. Deve ser melhor. Até porque, pior é difícil.
Quem se apega a fatores extra-campo acredita piamente num ano dourado. O Corinthians costuma se dar bem em anos ímpar. Nesse novo milênio faturou o brasileirão em 2005, 2011, 2015 e 2017. Ainda tem o de 99 na galeria de 7 troféus de campeão brasileiro conquistados pelo Corinthians. Dos três títulos de Copa do Brasil, dois foram em anos ímpar: 1995 e 2009. Ganhou a Supercopa do Brasil em 1991. O triunfo na Recopa Sul-Americana foi em 2013. Dezessete das vinte e nove taças de campeão paulista foram levantadas em anos ímpar.
Mas não dá para esquecer que as maiores glórias foram em 2012, Libertadores e Mundial de Clubes. E o maior vexame, em 2007; rebaixamento para a segunda divisão.
Os que preferem critérios de análise menos exotéricos apostam muitas fichas na volta de Fábio Carille ao comando técnico do time. Após ganhar dois títulos paulistas e um brasileiro em um ano e meio, Carille deixou o clube como parte de um novo desmanche de time vencedor. Repetindo 2015, sete campeões brasileiros em 2017 e o técnico, deixaram o Corinthians em 2018. E ninguém perde tantos destaques impunemente. O Timão foi derrotado em 27 das 72 partidas que disputou na atual temporada. O maior número de derrotas no século 21. Foi batido sete vezes jogando na Arena. Maior número desde a fundação do estádio, em 2014. O Corinthians só somou nove pontos dos 54 disputados como visitante no Brasileirão. Foram só duas vitórias jogando fora de casa. O segundo turno corintiano no Brasileiro de 2018 foi o pior de sua história. Somou apenas 18 pontos, aproveitamento de 31,5%. O Alvinegro fechou o Brasileirão com 44 pontos, em 13º lugar. A pontuação é a mesma do ano de 2007, quando foi rebaixado para a Série B. Essa foi a pior colocação do Timão desde sua volta à elite do futebol brasileiro.
O retorno de Carille vai ser suficiente para mudar essa realidade? A construção do time para 2019 começa a ser definida por telefone, já que o novo-velho treinador corintiano ainda vai continuar na Arábia até o dia 13 de dezembro. Só chega no Brasil, dia 15. A crise financeira não permite acreditar na palavra do presidente Andrés Sanches, que prometeu quatro contratações de peso. A política do barato, que normalmente costuma sair caro, deve seguir imperando no Corinthians. A Fiel, que já dá sinais claros de impaciência, reza para que Fábio Carille siga iluminado e faça de 2019 um novo ano de grandes festas corintianas.