Créditos da imagem: Foto Divulgação Philips
Alguns times brasileiros têm jogado milhões de reais em campo nestas últimas temporadas.
Contratações estelares têm sido cada vez mais comuns, com a cartolagem achando que problemas de elenco se resolvem com contratações, não com soluções da base ou até mesmo de dentro do próprio elenco.
É inegável que o nível do futebol brasileiro tem subido com bons jogadores, principalmente aqueles contratados com razoáveis ou até boas carreiras no exterior. Entretanto, quanto mais jogadores “galáticos” em campo, maior se torna a folha salarial dos clubes e, maior ainda, a necessidade de grandes receitas.
Além de patrocínio e cotas de TV, a conta cai exatamente nos estádios, isto é, nas bilheterias.
Bueno, pero no mucho.
Com preços astronômicos, a classe popular acaba mais uma vez afastada do estádio. Sim, aqueles que tanto empurraram os times até o final da década de 90 e início do milênio atual, tornam-se cada vez mais descartáveis dos estádios, que passam a ser ou ainda mais vazios ou mais elitizados.
Com isso, só ganham aqueles torcedores que se acostumaram desde sempre a ver futebol do sofá. Estes sim, vibram com times galáticos e milionários, indiferentes ao preço do ingresso e à quantidade de torcedores presentes nos jogos de seus times, já que jamais ou raramente vão ao estádio.
Ou seja, quanto mais galáticos os times brasileiros se tornam, mais afastado ficará o valor dos ingressos do alcance popular. Quem sempre foi ao estádio tende a deixar de seguir seu time do coração e passará a ser mais um torcedor saudoso da época dos ingressos a uma verdadeira pechincha. Já o torcedor de sofá seguirá firme com o sonho de ser de novo campeão sem nunca ter sentido vibrar a arquibancada de um estádio.
E pior ainda é ver ex-cartola e agora prefeito falando que “futebol não é coisa para pobre”, em vez de buscar soluções para trazer o povo de volta.
A que ponto chegamos!
Para mim o pior desses elencos estelares é que ninguém tem importância! Se o Borja não engrena, é “só” contratar o Diego Souza e desistir do Borja. Se o Moisés machuca, é só contratar o Michel Bastos, e por aí vai. Sendo que, para exemplificar, Jadson e Renato Augusto foram os destaques do Corinthians campeão brasileiro de 2015, depois de terem sido reservas em boa parte do ano anterior com o Mano Menezes.
Já sobre o preço dos ingressos eu não tenho opinião formada. O que eu não acho admissível é que muitas vezes o preço do ingresso faça com o estádio fique mais vazio do que deveria, isso é absurdo! Isso não seria tolerado em nenhum outro segmento, só dentro da lógica comercial mesmo! Imagine, então, se colocar o ingrediente paixão na conta (o que só torna mais absurda a situação atual).
MICO BORJA > MICO DAMIÃO > MICO PATO
Não é coincidência que os tickets médios mais caros são dos dois mais gastões, Flamengo e Palmeiras!!!!!!!!!!!!!!!!! Tem tudo a ver mesmo, otimo texto, Jorge Freitas!!!!!!!!!!!!
Jorge Freitas, concordo e ainda faço uma brincadeira (verdadeira): Jô > Borja.