Créditos da imagem: Fernando Dantas/Gazeta Press
Não me lembro de ver um trabalho tão errado em um clube como o do Palmeiras neste ano. E não serei oportunista: é fácil escrever estas palavras depois da frustrante eliminação da Libertadores pelo Barcelona de Guayaquil, sendo que não identifiquei boa parte desses erros quando foram cometidos. Mas hoje eles podem ser vistos com nitidez.
Desde que Paulo Nobre assumiu a presidência do Palmeiras, em 2013 – logo após mais um rebaixamento à Série B do Brasileirão -, o machucado alviverde veio se reconstruindo como potência, tijolo a tijolo, até chegar ao auge sonhado para este ano: primeiro veio o trabalho de estabilização financeira e modernização do clube, além do acesso à Série A; 2014 viu uma suadíssima permanência na elite e, no seu finalzinho, o sonho do novo Palestra Itália; em 2015 teve início a fase da “colheita”, com a construção da base de um elenco forte (sob a batuta do badalado Alexandre Mattos) a volta da autoestima e, de brinde, o título de uma surpreendente Copa do Brasil; 2016 teve a afirmação nacional, com a conquista de uma competição de primeira grandeza depois de 17 anos e o xodó Gabriel Jesus na Seleção.
O ano de 2017 veio para ser a consagração palestrina. Com essa base, a torcida lotando o Allianz Parque em todos os jogos e a possibilidade de receber reforços milionários da Crefisa, esperava-se nada menos do que um “Império Verde”.
Mas tudo o que vimos foi o o destruição de parte do trabalho realizado nos anos anteriores. A seguir, uma lista dos pecados capitais palmeirenses:
Técnico
O único atenuante para o Palmeiras em 2017 é que Cuca estranhamente não quis prosseguir na virada do ano. Seria difícil para qualquer um substituir o treinador que se tornou ídolo. Mas o escolhido não poderia ser uma aposta, como Eduardo Baptista – e isso eu já percebia na época -, afinal, a cobrança seria enorme. A contratação de medalhões, como Felipe Melo e Michel Bastos, só agravou isso. Apostas são para momentos em que não há maiores perspectivas, como o Corinthians fez com Carille neste ano. Para suportar a pressão de expectativas altas, é necessário alguém com as costas largas.
Destruição da base campeã
O Palmeiras terminou 2016 com um time titular muito bem definido. A única perda foi Gabriel Jesus. Pronto, era só contratar um substituto para ele, como Borja. Mas a contratação de nomes como Felipe Melo, Michel Bastos, Guerra, Willian e Keno só serviu para provocar instabilidade e “desconstruir” o time campeão brasileiro. A cada má atuação, o jogador era substituído por uma badalada alternativa, em uma eterna busca do time ideal. Isso foi minando a confiança e impossibilitando a definição de um time titular. Até os outrora ídolos estão contestados.
A solução é sempre trazer alguém
O elenco já era farto, mas mesmo assim, a cada problema a ideia era só abrir a carteira e trazer mais alguém. Vitor Hugo não repetia as atuações de 2016? É só trazer o jovem Luan! Os vários volantes não se firmam? É só contratar Bruno Henrique! Borja não engrenou? Então compra o Diego Souza! Não deu? Traz o Deyverson! O que o rival Corinthians fez, recuperando nomes como Romero, Rodriguinho e Jô, deveria servir de lição.
Falta de hierarquia
Apesar de tantas contratações, poucas são de jogadores extra-classe. Ao contrário do Flamengo, por exemplo, que contratou nomes como Diego, Éverton Ribeiro e Guerrero, que seriam titulares indiscutíveis de praticamente qualquer time brasileiro, o Palmeiras contrata muitos bons jogadores, mas sem nada de especial.
Oba-oba
Cada jogador contratado pelo Palmeiras parecia se tornar um craque. Não importa que Michel Bastos era reserva no São Paulo ou Willian reserva no Cruzeiro, todos se transformavam em “excelentes opções” com o verniz milionário do “Real Madrid das Américas”. O promissor Keno veio tratado como grande jogador. Para ilustrar, Pottker (artilheiro do Brasileirão passado e eleito craque do Paulista deste ano) foi discretamente para o Inter. Clayson (eleito revelação do Paulista) foi para o Corinthians e todos continuaram a dizer que “o Corinthians não tem elenco”. Tivessem ido para o Palmeiras, não seriam vistos como “opções de luxo”?
Apelações irracionais
A partida contra o Barcelona foi constrangedora. Desesperados chuveirinhos na área, tentativas de simulação de pênalti, superstições, catimba de Jailson nos pênaltis etc. Só faltou “tapa na cara de uruguaio”. Jogar bola que é bom, nada! Aliás, nesse sentido o Palmeiras involuiu desde a saída de Eduardo Baptista: o futebol da equipe era melhor com ele.
Aprender com esses erros é fundamental para que não sejam repetidos no futuro.
O Palmeiras não tem mundial
É verdade, você observou bem, acabaram com a base campeã brasileira!!!!!!!!!! E futebol é engraçado, outro dia o Cuca era sinônimo de título, e hoje fica até parecendo meio ridículo com essa calça vinho!!!!!!!!!!!!!!!!
Palmeiras modernizou sua gestão = É dirigido por um rentista e outro especulador que usam o dinheiro que rouba dos trabalhadores para brincar de futebol.
Tem mais é que se foder mesmo Palmeiras e Flamengo.
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Eu nunca vi time bom poupar jogador para não se machucar, foi o que aconteceu com o palmeiras, nunca tinha um time titular em campo, a regra básica de sempre jogar se aprende nad peladas, se não joga ta fora do time, o palmeiras pagou caro por esse quesito!!
Com todo respeito ao colunista e aos demais colegas, mas vocês se esquecem do principal: do lado de lá tinha um time tão bom quanto. Um time extremamente bem treinado, que não sentiu as situações do jogo. Se defendeu sem ser retranqueiro, atacou sem ser desorganizado e não sentiu quando tomou o gol. O palmeiras investiu 130 milhões de reais pra montar seu elenco e ser campeão da libertadores. Ok, lindo roteiro até aí. Mas esqueceram de avisar isso aos adversários!
TIME E Q U A T O R I A N O, MEU AMIGO
ERA OBRIGAÇÃO DO REAL MADRID DAS AMÉRICAS PASSAR POR ELE
Obrigado pelo comentário, Pedro Henrique Alves! Entendo, mas discordo. Porque o problema não foi só contra o Barcelona de Guayaquil. Foi contra a Ponte, contra os adversários da Libertadores, contra o Cruzeiro… enfim, o problema para mim não foi a eliminação em si, mas o fim da esperança de conquistar o título, o que escancarou o mau futebol jogado o ano todo. E o mau futebol não é exclusividade do Palmeiras, claro, mas é muito mais grave em se tratando do campeão brasileiro e que ainda contou com investimentos milionários…
Gabriel Rostey concordo com o que disse, futebol muito mal jogado, mas isso expõe algo que eu já dizia desde o ano passado, daquele palmeiras campeão brasileiro: nunca foi algo espetacular, muito pelo contrário. Era um time que se defendia bem e dependia de duas coisas, laterais cobrados direto na área e, claro, de Gabriel Jesus. Depois da saída dele, o time não conseguiu achar um substituto. Investiram um caminhão de dinheiro acreditando que Borja poderia ser esse jogador, erro grave! Ele já tinha rodado por 3 ou 4 clubes da Europa colecionando insucessos, não é o jogador que a mídia e clube imaginam que seja. Agora, para finalizar, aquilo que eu coloco como o principal motivo pra tanta frustração da torcida e diretoria, e também encaixo o Flamengo nesse quesito: os times tem um elenco mais numeroso que os outros clubes, tem mais peças de qualidade pra repor, mas em relação a times titulares, Palmeiras, Santos, Flamengo, Cruzeiro, Atletico-MG, Corinthians e Gremio, me desculpe se esqueci de alguém, se equiparam. Não existe um desparelho entre eles e é aí que Palmeiras e Flamengo tem se dado mal. Aqui não existe uma diferença gritante, tal como na Espanha, Inglaterra, Itália, como exemplos. Lá os times que tem mais dinheiro, tem elenco estelar e que realmente se diferem muito dos demais, coisa que não acontece aqui. Enquanto torcida e diretoria não abrirem os olhos pra isso, vão se frustrar pra qualquer derrota e vai, sempre, parecer que está tudo errado.
A situação só não foi pior, porque mais uma vez a instituição Crefisa foi ajudada pela arbitragem, senão nem pênaltis teríamos.
O importante é não usar a derrota para iniciar uma ‘grande faxina’ isso sim destruiria o que foi construído. Apesar dos erros, ficou claro que com Moisés e Guerra recuperados, o time volta a jogar.
Mas é claro que é preciso fazer algumas mudanças para 2018 como aproveitar melhor a base, reaproveitar os laterais João Pedro e Victor Ramos e definir o destino de alguns jogadores que estão fora dos planos de Cuca como: Borja, Felipe Melo, Erik, Hyoran, Arouca, entre outros.
O importante é não usar a derrota para iniciar uma ‘grande faxina’ isso sim destruiria o que foi construído. Apesar dos erros, ficou claro que com Moisés e Guerra recuperados, o time volta a jogar.
Mas é claro que é preciso fazer algumas mudanças para 2018 como aproveitar melhor a base, reaproveitar os laterais João Pedro e Victor Ramos e definir o destino de alguns jogadores que estão fora dos planos de Cuca como: Borja, Felipe Melo, Erik, Hyoran, Arouca, entre outros.
Concordo com sua opinião, Matheus Sale na vaga do Felipe Melo,Gabriel Barbosa na vaga,Borja,Arthur no lugar de Erik,João Pedro no Lugar Maiek, V.Luís no lugar de Egídio,Nathan no Edu Dracena até pelo idade,porque joga muito Edu,mas à idade chegou para ele também?
Nosso palmeiras ta um lixo
Com esse presidente e esse matos vai ficar nisso
Contrata umas bostas q vo te falar
Eles q sabe so de ganhar em cima
Tem po ai e gente q tem amor ao club
Que palhaçada essa os caras de joelho
Achei muito boa essa eliminação. O torcedor palmeirense e o clube estavam insuportavelmente arrogantes.
Já está claro que terceirização de gestões, direta ou INDIRETAMENTE, por grandes grupos com poderio financeiro tende a causar desvirtuamento de foco esportivo e conseqüentemente declínio pro clube. A Crefisa entope o clube de dinheiro e este se vê refém de ter que investir pesado em marcas (leia-se nomes famosos), oprimindo uma formação saudável de um elenco para ser competitivo.
E até onde eu sei, a presidente lá vai querer cargo no conselho… O Palmeiras tem um histórico de fraquezas desse tipo (Parmalat). É melhor ficar de olho. Da outra vez foram 12 anos sem taça…