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Certa vez, ouvi um jornalista esportivo dizer que o Flamengo é um gigante que se alimenta de euforia. Acredito que esta frase seja um acerto. O comentarista, inclusive, acertou também ao enumerar as vezes em que esse gigante comeu euforia demais e passou mal, como na final da Copa do Brasil de 2004, contra o Santo André, ou nas oitavas-de-final da Libertadores de 2008, contra o América do México (do fantasma Cabañas).
Mas a verdade é que o Flamengo necessita desse tipo de entusiasmo por parte da torcida. A megalomania rubro-negra é uma característica marcante e que rende ao clube mais lucros do que prejuízos. Não há comprovações de tal tese, mas o Flamego tem a fama de ser um “time de chegada”. Obviamente, os torcedores rivais rechaçam essa pecha, mas há até quem reconheça. Até parte dos ditos especialistas consideram esse fator abstrato ao analisar o desempenho rubro-negro.
É o famoso “deixou chegar” que habita nos corações de todos os flamenguistas e que não tem nenhum fundamento científico ou estatístico. Para os torcedores, basta citar que de desacreditado a campeão, em embalos fulminantes, foram as últimas quatro conquistas nacionais relevantes do clube: os Brasileiros de 92 e 2009 e as Copas do Brasil de 2006 e, principalmente, de 2013. Ou seja, alguns dos anos em que “deixaram chegar”. Os outros, por conveniência, muitas vezes são ocultados.
Mas não é só isso. A máquina de fabricar ídolos rubro-negros, fomentada pela imprensa – sempre disposta a aumentar tudo o que diz respeito ao clube (para bem e para o mal) -, tem como um dos seus combustíveis também a euforia. Em tempos recentes, uma boa fase foi suficiente para os matadores Hernane (o Brocador) e Obina (aquele melhor que o Eto´o) caírem nas graças da torcida. Dito e feito: colocando a euforia vinda das arquibancadas no gramado, ambos tornaram-se peças-chaves em conquistas e colocaram seus nomes de alguma forma na história do Flamengo. De atacantes de nível técnico duvidoso a artilheiros responsáveis por títulos.
Bom, o fato é que o gigante não estava mais se alimentando com sua comida predileta. E é dessa euforia que o torcedor do Flamengo estava sentindo falta. Não está mais. Antes mesmo de estrear, a contratação de Paolo Guerrero (foto) já estava sendo comemorada, ainda que eu acredite ser prudente esperar um pouco mais para tanto. Mas a vinda de Guerrero era, afinal, o clube mostrando um poder de fogo no mercado, capaz de tirar do antes badalado e rico Corinthians o seu maior ídolo atual. Já era, ali, uma mostra da reabilitação do moral rubro-negro. Guerrero chegou com a responsabilidade de ser o maior salário do elenco, uma das maiores contratações do clube nos últimos anos e, claro, tirar o Flamengo do buraco da Série A, de onde não consegue sair desde 2012. Mas antes disso, Guerrero devolveu ao torcedor rubro-negro seu principal alimento: a euforia.
Com a personalidade que lhe é peculiar, o talento que o faz sobrar no país e três gols, em três vitórias (nos três jogos que participou), o atacante peruano já caiu nas graças de vez da galera. Ainda é cedo para dizer o que Guerrero será capaz de fazer além de salvar o rubro-negro do temido rebaixamento. Há outros fatores em jogo, esses menos abstratos, como a fragilidade do elenco, a falta de entrosamento e o fato de ter, pelo menos, meia dúzia de times bem à frente do Flamengo no país.
Mas é inegável que Paolo Guerrero chegou para dar ao Flamengo o primeiro passo que o clube precisa: a auto-confiança. Os primeiros contaminados foram os torcedores, que se encarregam de espalhar a euforia por aí. E se com Obina e Hernane deu certo, difícil não crer que possa dar com Guerrero. O peruano acabou não só com o caô (hit do momento), mas também com a baixa auto-estima do flamenguista. E quando a nação rubro-negra está de auto-estima elevada, tende a deixar todos ao seu redor assim, com o moral em pé. E tudo que o flamenguista quer agora é que os outros deixem o Flamengo chegar.
Joga demais!
Penso que, ao lado de Lucas Lima (do Santos), seja o melhor jogador atuando aqui no Brasil na atualidade. O melhor jogador da última Copa América!
Texto maravilhoso, incrível. Daniela, dá uma lida aí! 🙂
Perfeito Leo! É aquilo, não deixa a gente chegar hahaha
O duro é chegar…. Se acham o maior clube do Brasil mas só ganharam um campeonato brasileiro nos últimos VINTE E DOIS ANOS….. Que grandeza….vivem de euforia mesmo
Flamengo é Flamengo! 😉
É incrível como o Mengão incomoda os secadores! Kkkkkk
Falem de gente mesmo, são vocês quem fazem nossa popularidade crescer mais ainda. A Globo mandou um abraço! Haha
Belo texto!
O duro é chegar…. Se acham o maior clube do Brasil mas só ganharam um campeonato brasileiro nos últimos VINTE E DOIS ANOS….. Que grandeza….vivem de euforia mesmo
concordo demais com vc
O duro é chegar…. Se acham o maior clube do Brasil mas só ganharam um campeonato brasileiro nos últimos VINTE E DOIS ANOS….. Que grandeza….vivem de euforia mesmo
Euforia é ótimo kkkkk
O duro é chegar…. Se acham o maior clube do Brasil mas só ganharam um campeonato brasileiro nos últimos VINTE E DOIS ANOS….. Que grandeza….vivem de euforia mesmo
O Flamengo só compra jogadores do Corinthians! Kkkkkk
Só se for çorinthias mesmo mano kk !
Corinthians TB só compra do fla
O duro é chegar…. Se acham o maior clube do Brasil mas só ganharam um campeonato brasileiro nos últimos VINTE E DOIS ANOS….. Que grandeza….vivem de euforia mesmo
Quii pena que ele torce pro corinthians
So estou aqui pra dizer Que o “Palmeiras nao tem mundial” (y)
até a segunda guerra tem mundial e o palmeira ñ.
É o cara o guerreiro..
Em céu d Gavião Urubu não voa!
Kkkkkkkkk flamengo é o maior clube do mundo sem mimimi
Só se for maior do mundo no acre kkkkkk
Guilherme Sá Douglas de Barros Daniel Maynart
Guerreiro gosta di grana quando nao recebe nao fale nada
Esse é fera
Frederico Trindade
Joga muito
[…] o que realmente chama a atenção é o fator fora das quatro linhas: a confiança. Já explique por aqui que o Flamengo se alimenta de euforia. E é assim que o clube inventa e acredita na mística do “deixou chegar”. O time […]
[…] tanto na contratação até agora decepcionante do Guerrero quanto na vinda esperançosa do Diego. O gigante volta a se alimentar de euforia. Chegou a hora do prato principal. O Brasileirão e a Sul-Americana de 2016 serão boas […]