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Fundada em 1970, projeto antigo e de olho na Copa que seria disputada no México, a revista Placar, por proposta do Michel Laurence e do Manoel Mota, logo instituiu o troféu Bola de Prata para premiar os 11 melhores em cada posição no Brasileirão. Ao saber que não ia receber o mimo, Pelé “reclamou” com Michel, por quem tinha muito carinho.
A reclamação foi colocada em pauta e logo veio a solução. Por todos os seus incontestáveis méritos, Pelé receberia não uma Bola de Prata, mas a Bola de Ouro – que depois passou a ser conferida ao jogador que alcançasse a maior média – de acordo com o regulamento etc.
No almoço para entrega do troféu aos ganhadores, realizado no roof da Editora Abril, na Marginal Tietê, Pelé apareceu vestindo um vistoso summer roxo, com detalhes em preto ao longo da lapela. Quando chegou, Paulo César “Caju”, elegante em terno de linho branco, camisa azul clarinho, não perdoou: “Só você mesmo, Pelé, pode sair de dia vestido como São Benedito que fugiu da Igreja e não ser preso”. Todos, naturalmente, riram da brincadeira, e o almoço transcorreu em clima de festa.
Assim como tinha intimidade bastante para brincar com Pelé, Paulo César tinha futebol de alto nível, o que dava a ele o “direito” de pintar o cabelo, falar coisas e até frequentar a noite carioca – sem os exageros, que confessa, ao se envolver na parisiense.
Na mesma época, veio de Minas para o Corinthians o ponta-esquerda Romeu, que por seu futebol nada exuberante, tinha o “direito” de dar cambalhotas quando marcava um gol, mas não de oxigenar os cabelos, curtidos em trancinhas. Romeu Cambalhota estava longe de ser um craque para ganhar o “direito” de lançar moda.
O técnico Osvaldo Brandão também pensava assim e, para lembrá-lo de que devia voltar para marcar o lateral adversário quando o time era atacado, levava – ou fingir levar – no bolso uma chave de apertar parafusos. E, do banco, gritava para Romeu, fazendo os gestos de quem estava usando a ferramenta.
Como Caju e Cambalhota, muitos jogadores, cada vez mais buscando chamar atenção, pintam e cortam o cabelo em estilos diferentes, deixam crescer, fazem coque….. as chuteiras deixaram de ser pretas, discretas, e os braços ganharam tatuagens as mais diversas. Tantas, que às vezes é difícil encontrar um pedacinho para mais um traço.
É a moda, cada vez mais presente. Neymar já não tem muito espaço para novas obras de arte – acho que li qualquer coisa sobre o pai dele criticar o exagero. E repararam que ele influenciou Messi? Cabelo pintado, barba longa, tatuagens…. influência à parte, Messi tem todo “direito”, assim como Neymar e um bom número de craques espalhados pelo mundo.
Mas, cá entre nós, o que tem de perneta dando uma de Romeu Cambalhota não está escrito. Parecem-me quadros ruins com molduras caras. Pardais passando por canários belgas. Agridem a bola com suas chuteiras coloridas e passam a sensação de que cabeceiam mal porque o corte do cabelo atrapalha.
Calma, muita calma, amigo, nada contra, nada de preconceito. Só uma observação e um jeito de contar algumas histórias.
Delícia de texto, José Maria de Aquino! Acho que esta foto do grande (???) Fábio Ferreira com um cabelo ainda mais, humm, como dizer… “extravagante” do que o do Neymar, ilustra bem os “pernetas dando uma de Romeu Cambalhota” 😉
ãs vezes fico pensando quantas horas esses craques que parecem dormir enrolados em jornais com tinta ainda fresca, gastam por mês para receber tantas tatuagens.Horas preciosdas. E quanto devem faturar os artistas, levndo em conta o que eles, astros, ganham com bola
Sem falar nos “Neguebas” que ora tem uma chuteira de um pé de cada cor e trancinhas nos cabelos no 1º tempo e chapinhas na complementar……fico pensando como seriam nas prorrogações.
Teriam um futebol de melhor qualidade, Yussef, se aproveitassem o tempo gastos com os penteados e as tatuagens para treinar? acho que sim…rss
enquanto o cabelo extravagante estiver na cabeça de um jogado de caráter e de bem.
e as chuteiras coloridas estar no pes de um craque talenso, o jeito do cabelo, e as cores da chuteira não atrapalha em nada
Concordo plenamente, Santiago. Principalmente com a observação que você faz sobre ter as qualidades como jogador….abss
Verdade, tenho reparado que nos últimos tempos, o que menos importa é tratar bem a gorducha.
SE O KABRA É RUIM,PODE TER O CABELO QUE FOR,A CHUTEIRA QUE FOR.
… que não terá jeito, né Gildazio. Se não tiver bola não adiante se enfeitar…
Pois é, por isso admirava – e admiro – oq eue se enfeitam mas também jogam bola. É como cantor/ra. Tem unsmas que rebolam tanto que não têm tempo para cantar…rss
O pioneiro de utilizar chuteiras de cores foi Renato Gaúcho na época todas achavam esquisito e na atualidade é estranho ver uma chuteira de cor preta
Pelo futebol que tinha, o Renato podia usar a chuteira com a cor que quisesse. Era bolão, certo?
Bom de ler. Mas faço uma ressalva com o Romeu Cambalhota. Era bom jogador José Aquino, não era craque, mas tinha bom domínio de bola, batia bem na redonda, tinha certa categoria. Até lembro um lance que passou na TV o campeonato inteiro: fez um gol de bicicleta e em seguida deu uma cambalhota. E até que a cor do cabelo não era tão exagerada, rssss
Sim, para hoje seria um bom jogador, mas para a época era só um bom jogador (rrss) Hoje seu cabelo seria discreto, perto do que os caras fazem com a cabeça…rsss
Ele Jogara Com os pés nn com o cabelo cada um tem sua personalidade e seu estilo
Nao prejudica em nada.. Sabe quem prejudica um jogador? a mídia que muitas vezes transforma um mero jogadorZinho em um um cara marrento a ponto de se achar um semideus, grande parte da Marra de muitos jogadores he culpa da mídia, quando aparece um garoto jogando bem, a mídia já chama de novo “messi” novo ” neymar” novo “romario” enfim..
Hoje além da bola os atletas vendem a imagem gerão pratrocinios, está tudo certo desde que não tropecem na bola rsrsrsrs.
Nao
pra outros atrapalha mais pro neymar não