Créditos da imagem: Reprodução Goal
No curso que dou para estudantes de psicologia dos EUA, uma garota me perguntou sobre a entrevista de um terapeuta na primeira sessão com seu paciente. Comparei com entrevistas que fiz como jornalista. Tem uma arte por trás. A de tirar do entrevistado algo que faça ele próprio se questionar. E você, também.
Em 1998, depois da Copa da França, onde fiquei semanas e semanas cobrindo a seleção, consegui entrevistar Zinedine Zidane. Destaque da final, em que os franceses atropelaram os brasileiros por 3 a 0, Zidane falou sobre nossa cultura: de olhar para o próprio umbigo e ter um pensamento raso. De se achar o melhor do mundo num momento e o pior no seguinte. De acreditar cegamente em teorias da conspiração e em tudo o que lê na Internet.
Para explicar a derrota espalharam-se teses jamais confirmadas. Muitos acreditavam no que liam sem se questionarem pois nem tinham capacidade para tal.
Como me disse Zizou, em vez de buscar explicações na derrota falando de Ronaldo, que teria tido uma convulsão antes do jogo, os brasileiros deveriam olhar para os franceses. Que foram melhores. Exploraram as falhas da defesa brasileira, especialmente nas bolas altas, jogaram um bolão e arrasaram. Deveriam ser mais humildes e aprender com o revés. Deveriam estudar. E isso quem fala sou eu.
Pensei muito depois do papo com Zizou. Que está onde está pois se preparou para ser técnico, comandar e seguir brilhando no esporte. Estudo é muito importante em qualquer ramo de atividade. Porque o que tem de gente se achando especialista em tudo quando não sabe de nada não está escrito. Basta dar uma olhada nas redes antissociais.
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