Créditos da imagem: Reprodução UOL Esporte
Algo que vejo muita gente discutir é se a boa colocação do São Paulo no Brasileiro é ou não sustentável com um técnico que parece incapaz de se firmar em grandes times, como é o caso de Fernando Diniz. Minha resposta é sim.
Um dos problemas de Diniz, a meu ver, é que ele parte de um esquema de jogo pronto, que tem em sua cabeça, e tenta fazer o time que for se adaptar a ele, quando um treinador de ponta monta o sistema de jogo a partir do material que tem. Já que cada elenco é único e as características de cada jogador também.
Acho o elenco do São Paulo incompatível (ou quase incompatível) com a proposta de Diniz, mas sinto que ele mesmo percebeu isso e resolveu mudar. O time tem uma defesa que não é das melhores e ainda peca na saída de bola, mas considero o meio-campo e o ataque bons. Principalmente o ataque. E, se em vez de se expor tanto lá atrás, como fez no Paulista e no início do Brasileiro, Diniz for um pouco mais devagar em seus conceitos e um pouco mais pragmático, como nos últimos três jogos do São Paulo, acho que o time pode fazer um bom campeonato sim e se manter entre os cinco primeiros.
No início muitos diziam que ia lutar para não cair, mas não vejo assim. Vejo, inclusive, o time um patamar acima de dois de seus maiores rivais, Corinthians e Santos. E acho que tanto a imprensa quanto os dirigentes em geral deveriam ser pacientes e entender que técnicos precisam de tempo para trabalhar. Porque no Brasil a cobrança segue tão grande que bastam dois ou três revezes para um técnico passar de competente a imbecil e duas ou três vitórias convincentes para virar gênio.
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