Créditos da imagem: Sergio Barzaghi/Gazeta Press
Tenho muito respeito pelo técnico Renê Simões. O considero centrado e coerente. E foi ele quem, nesta segunda-feira em que o esporte mais praticado no país é condenar Jô, pelo gol de braço contra o Vasco, deu uma linha interessante em entrevista à rádio Bandeirantes. Em resumo, Simões leva em consideração a hipótese de que o jogador realmente não tenha sentido onde a bola tocou em seu corpo. Mesmo com a dúvida, acha que está havendo uma condenação meio ilógica, lembrando que deveriam também cobrar do zagueiro vascaíno Anderson Martins o fato de ele ter derrubado Jô na área, no primeiro tempo, e não avisar o juiz de sua falta.
Jô teve dois gols legítimos anulados e que tiraram a chance de vitórias do Corinthians sobre Coritiba e Flamengo. Ninguém cobrou das duas equipes um alerta ao árbitro para dizer que os gols eram legítimos. No primeiro turno, Luís Fabiano fez um gol de mão contra o Corinthians, em São Januário. Como foi 5 a 2 para os paulistas, ninguém condenou – nem o indignado goleiro Martin Silva, do Vasco. Nem Euriquinho, dirigente do clube carioca e novo apóstolo da moralidade.
No Paulista deste ano, em pleno Corinthians x Palmeiras, o árbitro confundiu Maycon com Gabriel, dando a este um segundo cartão amarelo em lance que ele não havia feito falta. Todos viram que o juiz se enganou. Mas ele se manteve irredutível. E palmeirenses, como Keno e Dudu, mesmo tendo visto o lance, reforçaram o engano com uma pressão enfática, típica de quem tem absoluta certeza e razão.
Rodrigo Caio deu um exemplo de honestidade incomum ao avisar o juiz, em um clássico São Paulo x Corinthians, que Jô não merecia ser expulso. Tão incomum que foi condenado pelo técnico Rogério Ceni, diretores e companheiros, e por alguns comentaristas.
Já tinha passado da hora de adotarmos medidas modernas para evitar os erros da arbitragem, como o juiz eletrônico. Mas tem que ser uma discussão correta. Precisamos de mais seriedade e eficiência, e menos hipocrisia.
Verdade, estão pegando muito pesado com o Jô. De fato ele fez o que a maioria faria. Mas também é verdade que ele perdeu uma grande chance de ser DIFERENTE (o destino deu a faca e o queijo na mão dele) e COERENTE com os elogios que ele fez ao Rodrigo Caio no Paulistão. De todo modo, esse é o típico episódio que cresceu mais do que deveria.
Acho q foi pouco, encheu a boca pra falar dos jogadores do Palmeiras quando não disseram que não foi o Gabriel q fez a falta, ai quando teve a chance de provar q seu discurso não era so falácias foi la e fez pior
Paulo Henrique Muniz, mas são coisas absolutamente diferentes! Os jogadores do Palmeiras forçaram para que fosse cometida uma injustiça! Foi o oposto do que o Rodrigo Caio fez, foi como se ele tivesse ido em direção ao árbitro pedindo cartão amarelo para o Jô naquele lance em que se acusou.
Já o gol com o braço anotado pelo Jô foi (parece) involuntário, em uma jogada toda confusa, e com vários poréns. É evidente que o melhor e exemplar seria ele ter dito que foi bom o braço, mas a comparação que você fez me parece profundamente injusta.
Discordo completamente, Jo da uma erguida no braço quando ele ve q a bola vau passar da cabeça, claramente ele viu q foi com a Mao, foi hipocrisia pura, na minha humilde opinião.
O ponto é que Jô chamou para si este posto de paladino da ética em duas ocasiões. Primeiro, ao cobrar dos palmeirenses a correção do árbitro que expulsou um corintiano por engano. Depois, ao encher Rodrigo Caio de elogios após o episódio do majestoso. Então, respeitosamente, discordo do colunista. Hipócrita e tratante foi ele. Na hora de fazer valer o que escreveu, lembrou o sargento de Guerra, Sombra e Água Fresca. “Eu não dizer nada, eu não sentir nada”…
O JÔ FOI UM FANFARRÃO, NÃO BANCOU O QUE “VENDEU”…
Eu concordo plenamente com a matéria, mas é que o Corinthians E tão favorecido na maioria das vezes E não vejo tecnico o seu presidente o até a mídia paulista com a mesmo discurso, agora quando é contra o Corinthians o mundo cai por terra…
O favorecimento a este clube é histórico. Sei que muitos discordarão de mim e tal… mas não vem de agora. É arbitragem e outras forças políticas que pesam a favor da instituição. Um exemplo rapidinho, a Arena em Itaquera. Mas nem vou me estender no assunto pra não fugir do tema.
Você ta certo Ricardo nunes
Nem sou corintiano, mas vocês viram os lances de pênalti pro Corinthians nessa partida? Um no próprio Jô e um outro no Balbuena que foi de dar vergonha, parecia MMA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Uma pergunta, o Jô acusando o toque de mão neste lance seria perdoado pela torcida? Nem sei se condeno o atleta, apesar de achar que a sua atitude foi asquerosa, pois, uma vez feita a lambança, seria jogado aos leões pela imprensa corintiana à torcida. Duvido que aceitariam passivamente tal ato. Agora, penso que o Jô sofre muito mais pelas declarações que deu no caso Rodrigo Caio do que pela ação em si. Fosse outro jogador, imagino, não teria tamanha repercussão. Uma analogia com o cenário político, Jô sofre aquilo que o PT sofreu (merecidamente) quando houve todo o desfecho da operação lava-jato. Diversos partidos tiveram membros envolvidos, porém, somente o PT, que chegou ao poder com o discurso da ética e da moralidade, teve a sua legenda manchada. Pra finalizar R.I.P arbitragem brasileira.
Não só no caso do Rodrigo Caio, mas também no caso do Palmeiras onde ele encheu a boca pra falar da atitudes do palmeirenses por não avisar o Juiz q não tinha sido o Gabriel q tinha feito a falta
Concordo totalmente, Emerson Figueiredo! Até mesmo a premissa de que “deveria ter feito o mesmo que o Rodrigo Caio” é falsa, porque são casos diferentes! Se o Jô tivesse se acusado, não teria “feito igual ao Rodrigo Caio”, teria feito muito mais! Para fazer uma analogia esdrúxula, seria como o Jô dar a própria comida para um mendigo, e ficar sem almoçar, e dizerem que é o mesmo que o Rodrigo Caio sair da mesa, com comida ainda no prato, ver o mendigo e falar “quer pra você?” …
Hipocrisia pura
Entendo que o correto é condenar toda essa ‘malandragem’ que existe no futebol. O Jô não é o único a usar esse artifício, mas o episódio dele ganhou essa dimensão não só pelo caso do Rodrigo Caio como também por que ele sempre se coloca como ‘alguém justo e religioso”. Ficou evidente a hipocrisia. Bom lembrar que Maradona fez o mesmo, em plena copa do Mundo, mas brincou com o assunto e a ‘mão de deus’ virou mais uma piada.