Créditos da imagem: Reprodução Metro Jornal
Quando o Brasil entrou em campo no amistoso contra o Catar, ainda com a midiática discussão sobre o caso de estupro envolvendo Neymar, Tite devia estar se perguntando o que fizera para merecer um jogador tão bom, mas que lhe desse tanta dor de cabeça.
Com tantos patrocinadores e força excessiva nos bastidores, o menino, que um dia foi esperança da Seleção Brasileira, não representa o líder, como sempre tentaram maquiá-lo, nem a cara de uma seleção vitoriosa, já que não parece ser sua prioridade ter o Brasil no topo do mundo, mas sim, tê-lo somente a si mesmo, um dia, por lá.
Mas eis que, com menos de vinte minutos de jogo, a contusão de Neymar deu o que Tite, já bastante pressionado pela CBF e pela Opinião Pública, mais precisava para trabalhar em paz.
Sem Neymar, Adenor pode, enfim, montar uma seleção vitoriosa e concentrada, longe de pelo menos uma boa parcela de patrocinadores, sanguessugas e concentradores de poder. Além disso, bastará fazer um bom campeonato para que fortaleça a sua própria imagem, em detrimento à de Neymar, que, quando voltar, retornará com seu lugar entre os 11 iniciais bastante questionado.
Ou seja, se quando começou o jogo, Tite pensava a razão de ter um craque com tantos problemas, sem Neymar, o treinador perde o craque, mas tira de cima de seu time um número bastante considerável de confusão e bagunça, sem contar as que ainda prometem surgir nos próximos dias.
Tudo isso sem dizer que, agora, Tite também afasta a figura para lá de controversa de Neymar Pai, um “apêndice” que costuma trazer bastante desagrado a quem comanda o menino tanto na seleção quanto em clubes.
Não há teorias da conspiração. Fora de praticamente toda a segunda metade da última temporada por lesão, Neymar se machucou mais uma vez, estará fora da Copa América, enquanto Tite terá, enfim, sossego e paz em seus comandados, coisa que ele tanto sonhou e defendeu por todos os clubes pelos quais passou.
Ah, e como se sorte pouca fosse bobagem, ainda haverá jogadores que pedirão para levantar uma faixa de “Força, Neymar” no próximo jogo, e Tite, claro, deverá autorizar, para disfarçar o sentimento de alívio.