Créditos da imagem: Reprodução SporTV
Apesar de ter sido decisivo na conquista da Copa União de 1987, o tetracampeonato brasileiro conquistado pelo cada vez mais hepta Flamengo, Renato Gaúcho ouvia vaias e impropérios toda vez que encarava a torcida rubro-negra no Maracanã. Até mesmo nos jogos festivos de Zico em dezembro. O motivo é um só: em 1995, impediu que o clube mais querido do país celebrasse um título importante em pleno Centenário.
A vitória por 3 a 2 naquele que para toda uma geração virou o Fla-Flu do último século o transformou em ídolo eterno das Laranjeiras, de modo a macular todos os feitos e títulos conquistados pelo Flamengo. Há mais rubro-negros que o odeiam do que os que ainda o amam ou toleram por conta dos grandes momentos que proporcionou quando honrou as cores do clube – como, por exemplo, a semifinal do Mineirão, contra o Atlético de Telê Santana.
O Fla-Flu da barrigada ocorreu em 25 de junho de 1995. Onze anos antes – mais precisamente, em 26 de junho de 1984 –, Renato participara do avassalador 5 a 1 que o Grêmio meteu no Flamengo em Porto Alegre, na estreia do tricolor gaúcho na Libertadores daquele ano. Na semana passada, porém, no mesmo Maracanã que o tornou admirador confesso do Mengão (em 1982 ele ficou “de cara” com a torcida rubro-negra, no primeiro jogo da final do Brasileiro, partida que terminou 1 a 1 e Zico, autor do gol de empate nos últimos segundos, virou seu ídolo a partir de então), o ex-ponta-direita viveu um de seus piores momentos em toda profissão.
Incensado como técnico tanto ou mais do que foi quando jogador, Renato do céu partiu para uma viagem terrível ao inferno na noite da última quarta-feira. No mesmo estádio que o coroou em jogos como o Fla-Flu de 1995, a final de 1987 ou as partidas frente a São Paulo e Boca Juniors pelo Fluminense de 2008, viveu uma das maiores humilhações da carreira. Mais do que a derrota em casa, em 1984, na decisão da Libertadores em que o Grêmio lutava pelo bi. Mais do que o afastamento do Atlético Mineiro por deficiência técnica, em 1994. Mais do que ter sido banido do Botafogo após os 3 a 0 da primeira final, no Brasileirão de 1992. Mais do que o próprio corte da Copa do Mundo de 1986.
Os 5 a 0 impetrados pelo Flamengo na verdade teve gosto de 9 a 1, por conta do passeio que já acontecera semanas antes, no jogo de ida, em Porto Alegre. Naquela apresentação Renato chegou a se sentar no banco de reservas, chocado e inerte diante do volume de jogo da equipe carioca. Talvez antevisse o que passaria no Maracanã. Só não esperava sequer anotar a placa do trator.
Na verdade, o Grêmio não jogou mal. O Flamengo, sim, deu uma surra, uma sova, uma aula de doutorado. Qualquer outro time da América do Sul receberia o mesmo baile promovido pelos anfitriões. Ficou feio para Renato por se tratar de uma semifinal de Libertadores. Mas acontece. A Colômbia fez o mesmo com a Argentina em Buenos Aires durante Eliminatórias. A Alemanha nos dizimou em plena Copa do Mundo. Faz parte.
Este é o melhor Flamengo que vi em toda minha vida. Não vi o grande time dos anos 80: minha memória esportiva vem de 1985. Renato, porém, viu. Perdeu em 1982, sofreu com Junior em 1992 e agora sentiu na pele o ritmo desumano do ‘Futebol Total’ pregado pelo Flamengo de Jesus. Melhor do que ninguém, pode dizer qual time era mais forte.
Sobre esse trecho: “Qualquer outro time da América do Sul receberia o mesmo baile promovido pelos anfitriões”, eu tenho a mesma impressão, mas fico curioso para ver como o Flamengo se sairá contra um time bem treinado. Contra o Athletico de Tiago Nunes e contra o Santos de Sampaoli, as coisas não andaram tão bem assim…
Flamengo de JJ veio para revolucionar e já está fazendo história. Mas individualmente fica beeeeem atrás daquele dos anos 80.
Renato Gaúcho é folclórico, mas competente. Espero que não fique marcado por esse resultado. 2020 será um ano de afirmação para ele, especialmente se sair do Grêmio.
TODO MUNDO PALPITANDO QUE VAI DAR FLAMENGO…. QUERO SÓ VER DEPOIS QUE FICAR SÓ NO CHEIRINHO…. KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
Thank you for your sharing. I am worried that I lack creative ideas. It is your article that makes me full of hope. Thank you. But, I have a question, can you help me?