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O Corinthians lançou uma nova ofensiva de marketing: o Corinthianismo. Uma campanha que une a relação entre a paixão pelo time e a fé religiosa.
Foi criativa em ligar o sofrimento à superação. E já causou polêmica.
O texto do vídeo divulgado faz um retrospecto dos períodos de agruras (jejum de títulos, rebaixamento, derrota para o Tolima etc.) e a volta por cima nos últimos anos, com os títulos conquistados, em especial o bicampeonato mundial.
Em um país religioso como o Brasil, é sempre arriscado fazer relações entre a fé religiosa e a paixão por um time de futebol. Sem querer ir longe demais, em 1962, o chargista Otávio Câmara de Oliveira chocou a opinião pública ao fazer, no antigo jornal “Última Hora”, às vésperas de um clássico entre Palmeiras e Corinthians, uma charge de Nossa Senhora Aparecida, com as feições de Pelé, abençoando as duas equipes. Apanhou tanto que o jornal teve que pedir desculpas aos leitores.
Na Argentina, foi criada a Igreja Maradoniana, em que o ídolo é reverenciado como se fosse um Deus. Se chama “D10S” (uma combinação de 10 com Deus, em espanhol). Em 2012, a revista Placar publicou uma capa com Neymar crucificado, sob o título “bode expiatório”, sugerindo que o jovem jogador estava sendo massacrado injustamente.
Claro que houve reações. Mas em um país onde políticos se elegem em nome da religião, em que se formam grupos importantes de atuação comercial, o Corinthians errou tanto?
Afinal, a torcida corintiana é chamada de “Fiel” há anos. E fiel remete à religião. Assim como é chamada de bando de loucos ou maloqueiros e sofredores. Ligar à pobreza pode. Mas dar um ar de messianismo é condenável. Respeito todas as religiões, e por isso defendo que a campanha de marketing não é ofensiva.
O mote da campanha é uma declaração do famoso Doutor Sócrates dizendo que o corintianismo é “uma religião”. Ele disse isso de forma muito direta e respeitável. A diretoria do clube, por meio de Luís Paulo Rosenberg, diretor de marketing, explica que o objetivo é mostrar que ser corintiano transcende muitas coisas, seria uma nacionalidade dentro do brasilianismo.
E Rosenberg afirma ainda que o clube teve o cuidado de consultar lideranças religiosas para se certificar de que a campanha não desrespeitaria nenhuma crença.
Não se criou nenhuma ofensa a religiões e nem pretensão de ser uma nova opção de fé. O que o Corinthians faz é uma forma de chamar o torcedor a sua paixão. Os clubes brasileiros deveriam investir nisso. Em outras épocas, o São Paulo criou a imagem de “Soberano”, o Palmeiras recentemente falou que a “inveja é verde” e ninguém foi ofendido.
São formas de estimular o torcedor. De criar fatos novos.
Parabéns aos que criam campanhas criativas e audaciosas. É assim que poderemos fazer nosso futebol ficar mais criativo e rico.
Kkkkkkkk que falta de assunto em, polêmica aonde?
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