Créditos da imagem: Reprodução / Jornal A Tarde
Margarete Maria Pioresan, mais conhecida como Meg, foi a primeira goleira da Seleção feminina. Com origens no handebol, defendeu a meta brasileira no Torneio Experimental da Fifa, em 1988, na China, e seguiu nas Copas de 1991 e 1995 e nos Jogos Olímpicos de Atlanta, em 1996. Neste bate-papo a ex-jogadora nos contou quais as suas expectativas para as Olimpíadas e muito mais. Confira a entrevista:
Como foi fazer parte do elenco da seleção brasileira que disputou a primeira Copa do Mundo?
Foi uma honra. Em 1991, na China, demos o pontapé, oficial, para o futebol feminino ser alavancado a nível mundial!
Ser escolhida como uma das integrantes da nossa seleção, como goleira, foi uma responsabilidade muito grande. Sabia que aí nós estávamos fazendo história.
Poderia contar alguma história curiosa que você viveu na Copa?
Conhecer um país populoso, na época, 91, com aproximadamente 1,1 bilhões de pessoas (imagine!). Imaginei também que os estádios estariam lotados e estavam! Como tudo era grandioso, pessoas nas ruas, prédios subindo, centenas de bicicletas… incrível! Nos sinais vermelhos, as bicicletas com seus condutores ficavam emparelhadas com os carros. Hilário!
Faltando três meses para as Olimpíadas, qual a sua expectativa? Acredita que a Seleção consegue conquistar a medalha de ouro?
Bem, a Fifa acabou de divulgar o ranking, subimos uma posição, estamos em 7º. Vamos ter que ter muita disciplina, empenho, determinação e sorte! Claro que é possível, mas será uma árdua missão.
Tem gostado do trabalho da Pia Sundhage no comando da Seleção?
Muito! Extremamente competente como atleta. (Joguei contra ela em 91, na China e em 95 na Suécia. Ganhamos de 1 a 0). Técnica campeã olímpica pelos Estados Unidos. No Rio foi à final comandando a Suécia. Espetacular e carismática. Adoro!
Você gostaria de ser treinadora algum dia?
Não tenho interesse. Mas fazer parte de comissão técnica, sim.
O futebol feminino no Brasil tem evoluído bastante nos últimos anos, mas para você o que ainda falta para podermos competir de igual para igual com as grandes seleções do mundo?
Uma estrutura interna forte, clubes competitivos, atletas ganhando o suficiente para se manter, profissionais competentes na comissão técnica visibilidade de mídia, respeito ao futebol feminino como esporte olímpico e praticado em todo o mundo. Não podemos só depender de atletas que jogam fora do país. As que ficam aqui têm que estar a ponto de disputar posição no elenco. Enfim, ainda estamos longe. Parece um cenário surreal… evoluímos da minha época. Mas em relação aos USA, Europa e Ásia, muito pouco. E claro, campeonatos fortes com visibilidade.
Atualmente quais são as goleiras que você mais gosta de ver jogar?
Fico com as nossas brasileiras Aline Reis e Barbara.
Para você quem foi melhor Nadine Angerer ou Hope Solo?
Nadine Angerer da Alemanha. Jogava fácil demais!
Muito obrigado pela atenção dada a nós. Alguma consideração final para os nossos leitores?
Torçam muito pela nossa seleção de futebol feminino nas Olimpíadas do Japão. A energia positiva vai ser um aliado de peso!
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