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Quando vi a escalação do São Paulo para enfrentar o São Bento, imediatamente tive uma certeza: o tricolor faria ao menos um gol nesse domingo.
Tive a oportunidade de assistir apenas ao primeiro tempo, mas ao término do jogo recebi a notícia de que meu prognóstico havia dado certo, e que o clube da capital havia vencido com um golaço do seu maior craque, Hernanes.
Não fiquei surpreso.
Não acompanho todos os jogos do São Paulo, mas desde o final de 2017, quando Hernanes salvou o clube do rebaixamento, tenho a impressão de que com ele em campo o Tricolor paulista fatalmente balança a rede ao menos uma vez.
É como se, na iminência do zero a zero, ele colocasse a bola debaixo do braço e a levasse até o fundo do gol, demonstrando que sua obrigação como principal instrumento do esporte é balançar as redes e não ser tocada de lado ou levantada na área infinitamente.
Os tricolores que vivenciam o clube diariamente podem me desmentir, mas a impressão que dá de quem vê de fora é que, quando o craque está em campo, se não for diretamente de seus pés para a rede, será por uma assistência ou por uma jogada que passará por ele, fruto da categoria e da habilidade em decidir que faz com o jogador tenha uma considerável abominação por placares que não saem do zero.
Está cada vez mais raro jogadores deste cacife no Brasil, infelizmente. Rodriguinho, no Corinthians, era assim, como Gabigol no Santos ou Fred em seus melhores momentos no Fluminense.
São jogadores decisivos, que remam contra a maré do futebol brasileiro, em que não tomar gol é muito mais importante do que fazer.
Se há alguém com direito de ganhar uma bolada financeira no futebol, são exatamente estes, que decidem jogos, ganham campeonatos e livram clubes do rebaixamento.
Sorte do São Paulo que, dos quatro citados, apenas Hernanes permanece sendo decisivo em seu clube.
Quarta-feira o Tricolor precisa de gols. Hernanes é o cara que gosta de vê-los saírem.