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Acabou a Copinha, com o Flamengo campeão e o jogo final do jeito que os “antis” gostam, vendo a Fiel ir do céu ao inferno em poucos minutos. Faz parte do jogo. Talvez até tenha sido bom, para que os garotos caiam na real e não se julguem já no ponto ideal.
Copinha é feita para amadurecer jogadores, técnicos olharem os que podem ser promovidos, e não para que aprendiz de cartola saia gritando que é campeão.
Ok, tem os empresários, os sócios ocultos dos empresários – e são tantos – etc, mas vida que segue. Quem pintou de fato? Quem vai vingar? Quantos? Isso é coisa para depois…
Começou meio mambembe o “Torneio da Contestação”. Longe do ideal, mas já é um passo adiante. Tímido, inseguro sem os paulistas, que no próximo serão chamados…
E estão aí os estaduais, que muitos gostariam de ver acabar, mas eu não. Tem história, tem seu charme, só não tem quem tire o sapato, bata com ele na mesa e exija respeito.
E, paralelo, sonho de consumo de todos, a Libertadores. A cereja do bolo, que os corintianos provaram uma única vez, mas… Melhor deixar pra lá. Afinal, os “antis” gostam de dizer que fizeram o Mobral, mas espalham ter feito MBA.
Aí, veio o sorteio dos grupos, que bem pode ser visto como “de grupo”. E as análises dos colegas mais estudiosos: grupo da morte, grupo fácil, grupo… Que os técnicos e jogadores, cada um cuidando da sua, rebatem repetindo uma das máximas “mínimas” do esporte bretão: “no futebol não tem mais bobo”. “São todos pedreiras”. “Libertadores é….”. “Jogar na altitude é….”. É um salve-se quem puder sem fim.
Como todos já falaram tudo e eu não sou de ser do contra, vou pelos desvios. Que, se olharem com cuidado, chegarão ao mesmo ponto. Pra quem acha que o São Paulo vai passar tranquilo pelo César Vallejo, do Peru, vale lembrar do que aconteceu com o Corinthians, ano passado, diante do Guaraní, do Paraguai. 2 x 0 lá, com a Fiel achando que o Timão atropelaria no jogo da volta, no Itaquerão e, surpresa – 0 x 1, pra eles.
Surpresa? Talvez sim, mas provocada pela confiança exagerada – por mais que o técnico alerte, que a imprensa lembre de outras surpresas do tipo. Jogador que ganha muito mais que o outro tem a obrigação de jogar melhor. O mesmo quando se trata do time todo. Até mais obrigatório se torna.
Barbas de molho, portanto, São Paulo. O que me faz lembrar dos jogos pela mesma Libertadores, em 1978, com o Brasil representado por Palmeiras – vice no brasileiro – com Telê no banco e Pedro Rocha no campo, garantia de experiência. E Guarani – campeão – com o veterano Zé Carlos comandando uma garotada infernal.
Fui para Lima, com o fotógrafo Manoel Motta. O Palmeiras, cheio de cobras criadas, ficou no hotel Bolivar, no centro velho. No jogo, dia 10 de março, faturou o Alianza por 4 x 2. O Guarani, com sua direção preocupada e cuidadosa, exilou-se num hotel fazenda, retirado da capital. Conheciam velhas histórias sobre ”moças caridosas” que entravam no hotel para seduzir jogadores, e não queriam nem pensar na hipótese. Depois que a delegação chegou, a ordem foi para que ninguém mais entrasse. Muito menos moças.
A ordem foi rigorosamente cumprida. Para atender aos jogadores, que ficaram em chalés, só as próprias atendendes do hotel. Todas lindas. Fomos alertados pelo irmão do Leguia, volante do Universitário, que o Guarani falava em contratar.
No jogo , 3 x 0 para os peruanos. Fácil, como foi o jogo da volta, em Campinas, para o Guarani: 6 x 1.
Será o primeiro grande teste do São Paulo no ano, mas, olhando assim de fora, estou gostando das ideias do Bauza (repetindo escalação, escalando o Breno na dele, buscando ser compacto, dando moral ao Ganso…). A conferir! 😉
Fico imaginando o que devia ser a Libertadores de antigamente… Meu Deus… =D