Créditos da imagem: FIFA
Antes Oscar, agora Willian… Por que diabos blindamos alguns jogadores e outros tantos sumariamente descartamos?
Willian nunca, NUNCA fez algo de relevante na Seleção Brasileira.
É um daqueles típicos jogadores bons de fundamento, mas que simplesmente “não acontecem”.
Tal qual Oscar, outrora xodó da seleção canarinho e hoje esquecido na China.
Bastante promissores quando surgiram – Oscar no São Paulo e Willian no Corinthians -, os dois tiveram uma trajetória de sucesso no futebol e são muito bem-sucedidos em suas profissões, óbvio. Mas tanto um quanto outro jamais fizeram por merecer tamanho status.
Eles não têm punch.
Como nunca tiveram – e isso ajuda a explicar a seca de títulos da seleção argentina – Ariel Ortega, Pablo Aimar, Javier Saviola e alguns outros “craques” hermanos que nunca entregaram o que deles se esperava dentro de campo.
Veja, na corrente temporada, Willian, que não é titular absoluto de Conte no Chelsea (costuma revezar com Pedro), atuou em 17 jogos pelos Blues e marcou um gol. Isso mesmo, UM MÍSERO GOL. E, pasmem, o meia hoje é considerado moeda de troca no clube inglês, que surpreendentemente estaria atrás de Lucas Moura (!), escanteado no PSG, para o seu lugar.
Poxa, se eles não conseguem ser “os caras” em seus clubes, como alguém pode supor que possam vir a ser algum dia vestindo a Amarelinha?
De maneira que, na linha de frente da nossa Seleção, penso que somente Neymar deveria ser intocável. Nomes como Oscar, Willian, os próprios Philippe Coutinho e Gabriel Jesus deveriam figurar na mesma linha de status de, digamos, Douglas Costa e Firmino e serem convocados (tão somente) quando e se estiverem muito bem em seus clubes ou, no mínimo, terem feito algo de relevante pela Seleção por ocasião de suas convocações (é o que Gabriel Jesus vem conseguindo, garantindo a sua vaga dentro de campo com desenvoltura, gols e personalidade). Cadeira cativa gratuita para eles, não!!!
É claro que com a proximidade da Copa do Mundo e depois do formidável desempenho nas Eliminatórias, Tite deve mesmo manter uma base e acreditar nela, mas ver Willian sendo “zumbidamente” tratado como 12º jogador da Seleção é algo que preocupa. E muito.
Outra coisa que incomoda é a “racionalidade” com a qual certos temas são tratados. Não gosto de algumas contundentes opiniões que tenho lido – inclusive aqui, na coluna do genial amigo Gustavo Fernandes, por quem nutro genuína admiração – de que os jogadores do Campeonato Brasileiro atuam em outro nível e outra rotação e que por isso devem ser sumariamente descartados. Ora, tratar como ciência exata um esporte que é bastante subjetivo, além de insensível, soa a mim como algo infantil e até revanchista (como se o futebol brasileiro, que realmente anda devendo, não fosse mais digno de apreço e mereça ser punido).
Ou será que quem defende Alisson, Jemerson, Jorginho, Talisca, Taison, Malcom, Richarlison e Willian José na Seleção acha mesmo um disparate pensar também em Vanderlei, Geromel, Arthur, Hernanes, Gustavo Scarpa, Luan, Bruno Henrique e Jô como alternativas para o grupo de Tite?
Olha que imaginando um 8 contra 8 aí eu não sei não, hein?!
Portanto, não sejamos mais realistas do que o Rei, por favor.
E segue o jogo.
Kkkj Jesus desver
Na era dunga, quando Neymar tava mais brigava que jogava bola. William tava sendo o nome da seleção, que puxava o time e o único q tava jogando bola.
Oscar eu concordo. Willian nunca teve sequência.
NÃO SUPORTO ESSE WILLIAN, FRACO DEMAIS!
Willian nunca foi titular por um longo período na Seleção. é um jogador pra compor elenco de grande utilidade pra mudar uma partida. por qual motivo alguém o pegaria pra criticar?
texto imbecil ao extremo.
Oscar foi muito mal utilizado na Seleção. Willian não estaria na minha Seleção mas não por não ter condições mas sim por eu ter outras opções.
Mantenho o que disse na minha coluna. A meu ver, polêmico é justamente defender que expoentes de um campeonato fraco representem a seleção numa Copa. Willian é um ótimo jogador, que atua bem numa função de meia-atacante aberto, para a qual temos poucos expoentes. A não ser que o colunista queira que Tite rasgue o que aprendeu e a seleção jogue como em 2014.
Sobre Oscar, seria provavelmente um dos craques do campeonato se voltasse ao Brasileirão. E eu não gosto de seu futebol.
Oscar era (um bom) coadjuvante no Internacional de Porto Alegre de D´Alessandro e Damião!
Há que se dar um desconto naquela passagem. Ficou praticamente um ano sem jogar por conta da confusão jurídica (que ele causou) com o SPFC. Mesmo assim, o seu melhor no Chelsea não me faria levá-lo à seleção.
Gustavo, o campeonato francês, por exemplo, é forte?
E como já escrevi em coluna anterior, vc não acha que Renato Augusto e Paulinho estão na Seleção principalmente pelo que fizeram atuando no Brasil?
Sobre Tite rasgar o que aprendeu, não entendi a colocação. Não é pq eu eventualmente não concorde com alguma ação dele que eu quero o Felipão de volta!
Ainda sobre o Felipão (o último campeão com a nossa Seleção), lembro de que ele convocou, em 2002, alguns nomes que atuavam aqui no Brasil e a coisa deu muito certo. Né?
Era 2002, né?
A minha coluna se referiu ao campeonato de 2017. Há quinze anos, o nível técnico era muito melhor. Titulares absolutos de hoje seriam reservas do reserva em muitos daqueles times.
Olha que não era, hein?! Cuidado com a memória afetiva! Acho que você se surpreenderia caso eu fizesse um levantamento e comparasse as escalações dos clubes que cederam jogadores para a Seleção em 2002 com as de hoje. Aliás, não prometo, mas vou tentar fazer disso uma coluna!
Se vc tiver saco (rs), dê uma olhada no elenco dos times brasileiros em que atuavam os jogadores convocados:
Convocados para a Copa do Mundo de 2002
Goleiros
Marcos – Palmeiras
Dida – Corinthians
Rogério Ceni – São Paulo FC
Zagueiros
Lúcio – Bayer Leverkusen
Roque Júnior – AC Milan
Edmílson – Olympique Lyonnais
Anderson Polga – Grêmio
Laterais
Cafú (c) – AS Roma
Belletti – São Paulo FC
Roberto Carlos – Real Madrid
Júnior – Parma Football Club
Meio-campistas
Ricardinho – Corinthians
Gilberto Silva – Atlético Mineiro
Ronaldinho Gaúcho – Paris Saint-Germain
Kléberson – Atlético Paranaense
Vampeta – Corinthians
Juninho Paulista – Flamengo
Kaká – São Paulo FC
Atacantes
Ronaldo – Inter de Milão
Rivaldo – FC Barcelona
Denílson – Real Betis
Edilson – Cruzeiro
Luizão – Grêmio
Renato Augusto e Paulinho estão na seleção pelo que jogavam com Tite, cuja organização de jogo já se sobressaía ainda em 2012. Eu ficava de queixo caído quando alguém comparava Tite e Muricy. A maior capacidade do primeiro é evidente, desde 2011. Hoje mesmo o Corinthians de Carille ainda está muito distante daquele padrão, embora siga a mesma filosofia.
Sobre Tite rasgar o que aprendeu, refiro-me a jogar sem meia-atacante ou atacante aberto. Outra: embora não tenha sido o âmago da coluna, tenham em mente uma coisa sobre Renato Augusto. Quem entrar em seu lugar terá que acompanhar o lateral adversário pela esquerda, porque Neymar será (corretamente) dispensado da função. Quantas pessoas discutem isso quando sugerem alguém em seu lugar?
Só pra completar: Ortega e Aimar, assim como outros camisas 10 argentinos, tiveram que lidar com uma pressão gigantesca. Se até Messi já sofre com a lembrança de Maradona, não seria diferente com jogadores muito bons, mas não craques. Saviola nem deveria ser incluído, a não ser que a comparação fosse com o quase xará Sávio. Foram mais promessas que realidades.
Sim, concordo! 😉
Acho que não subiu minha resposta sobre o campeonato francês. Tecnicamente é um dos mais fracos, mas o ritmo é muito mais forte que o nosso. A minha maior objeção ao campeonato brasileiro de hoje, como falei na coluna, é justamente sobre o futebol “andado”. Fosse um ritmo melhor e eu seria bem menos taxativo na minha restrição.
Mas o William nem é titular no time dele?
Sinceridade nenhum dos dois e inclua.também o Fernandinho .Jogador de seleção brasileira precisa ter ousadia fazer algo inusitado esses tres são o que chamamos qdo a música é pobre de harmonia. Boi com abóbora não serve pra.nada rs
Excelente, Fernando Prado, assino embaixo!
Tenho certeza que são atletas que se estivesse jogando aqui no Brasil, não teriam nenhum destaque especial!
E a expressão “zumbidamente” cabe perfeitamente. Outro exemplo é o volante Fernandinho, que nunca fez nada pela Seleção, mas tem vaga cativa só porque “é titular do City”. E isso porque teve uma das piores atuações possíveis no 7 a 1, hein…
Gabriel, eu tenho certeza do contrário. Todos teriam bastante espaço e elogios. Estariam sendo pedidos na seleção. Talvez por vocês, sinto dizer.
Dou o exemplo inverso. Se Gabigol não tivesse saído, provavelmente estaria aparecendo bem no Santos e, fatalmente, estaria sendo sugerido na posição de Willian, pois ambos atuam pela direita do ataque. Pois bem… Ele não conseguiu jogar nem na Inter, nem no Benfica. “Ah, mas e o Gabriel Jesus?”. Teve a sorte de ter a posição trocada e jogar como centroavante, além de ser diferenciado. Nossa principal divergência é que vocês acham muito mais exceções à regra do que comporta a palavra exceção. É claro que, se um jovem sobrar muito na turma por aqui e atuar numa posição carente na própria seleção, vale dar uma chance. Mas, dado o nível do campeonato (essencialmente no ritmo), tem que ser exceção mesmo. Com o devido respeito, acho que vocês ainda têm um certo receio, ante uma certa novidade da assertiva (acho que, antes de minhas colunas aqui, não havia quem defendesse posicionamento aparentemente tão radical), de reconhecer o tamanho do desnível que justifica a suposta radicalidade.
Outro ponto: não é exclusividade da seleção brasileira ter atletas que são reservas em seus clubes na Europa. O próprio Paulinho, apesar de estar indo muito bem, não é titular absoluto no Barcelona. Alterna com Rakitic, que ainda tem certa prioridade em jogos maiores. A pergunta é: tem algum jogador titular, num time de força similar, nas suas funções? Neste contexto, é natural que o jogador na berlinda seja Renato Augusto, justamente por ainda estar na China e ter aparecido mais no Corinthians que na Europa (embora tenha ido bem tecnicamente e sofrido com lesões). Aí a pergunta é outra: que jogador, daqui ou de fora, vocês acham que faria a armação e ainda acompanharia o lateral pela esquerda? Porque é requisito indispensável e eu não vejo Hernanes com pique pra fazer isso nem no Brasil, muito menos numa Copa. Enfim, são coisas a serem debatidas, de preferência não num momento em que o entusiasmo passa por cima das observações técnicas.
Fernando, os times de 2002 jogavam um futebol bem melhor que os de 2017. Eu não tenho a menor dúvida, mesmo porque não tenho memória afetiva daquele ano (o SPFC só desapontava), de que o Santos de 2002, com um simples ajuste tático, passaria pelo Corinthians de 2017 – que, aliás, é bem pior que o bom time batido pelos santistas na decisão.
Claro que o futebol mudou taticamente, mas este é um dos pontos mais tristes da comparação. Ouso dizer que os times do Brasileirão de 2017 regrediram. Lembra aquela coluna que postei sobre Rogério treinador (salvo engano, a primeira)? Observei que, na prática, os times estão jogando com um 4-4-2 de três volantes. Não era como se jogava em 2002, mas quase. Foi o modo de jogar corrente nos anos seguintes. Até hoje a maioria dos nossos treinadores não conseguiu encaixar esquemas mais modernos. Chegou ao ponto em que disfarçadamente desistiram.
Se tem uma coisa que não sou, é saudosista. É com desapontamento que digo que o futebol doméstico de hoje é pior que o de quinze anos atrás. Até porque ocorre o contrário no futebol internacional.
Só um adendo, porque ficou mal postado. Os MELHORES times de 2002 jogavam bem melhor que os melhores de 2017. Não é que todos fossem melhores.
Óscar , era do internacional?