Créditos da imagem: Uol
Filho de Abel Braga, o jovem João Pedro Braga faleceu de forma trágica no último sábado.
Uma tragédia familiar.
Assim que tomei conhecimento da notícia, lembrei-me de uma frase dita por Cissa Guimarães em 2010 (a eterna apresentadora do Vídeo Show perdeu seu jovem filho naquele ano, vítima de um atropelamento) que marcou a minha vida:
“Eu sei que tenho que ser forte e que a vida tem que seguir. E eu sei que eu vou voltar a sorrir. Mas o meu sorriso nunca mais será o mesmo”.
Desde então essa frase passou a fazer parte de mim. Quando penso na possibilidade – ou melhor, na infeliz certeza – de que um dia irei perder os meus pais (ainda não tenho filhos), ela aparece, num misto de “consolo antecipado” com tristeza que é difícil de explicar.
E é esse sentimento que a outra coisa que imediatamente pensei quando soube da morte de João Pedro – o filme “O Quarto do Filho”, de Nanni Moretti, vencedor do Palma de Ouro em Cannes -, tenta ilustrar. Nele, o protagonista perde o seu filho em um acidente e, como era de se esperar, esse acontecimento impacta em toda família. De maneira que o quarto do filho acaba sendo um lugar de pesar e tristeza para os pais, mas também de conexão. Afinal, entrar em contato com o ambiente, os interesses e os objetos do filho acaba sendo o único meio de estar próximo a ele e sentir a sua existência.
Algo, convenhamos, demasiado triste…
Força, pai Abel. Força, mãe Cláudia. Força, irmão Fábio. Vocês, cada qual ao seu tempo, irão voltar a sorrir.
E segue o jogo.
LINDO TEXTO, QUE INSPIRAÇÃO!
Texto maravilhoso, Fernando Prado! O filme é emocionante, e a tragédia familiar pela qual está passando o Abel é uma coisa tão dramática que é difícil de se falar sobre.
Depois da boa notícia que foi a recuperação do filho do palmeirense Guerra, o mundo do futebol sofre outro baque. Toda força ao Abel e sua família!
Há um ano e quatro meses atrás meu filho faleceu em um acidente. Minha vida nunca mais vai ser a mesma, a dor ameniza mas não sara. Que DEUS esteja presente no coração da família Braga.
Muito Bom o texto. Parabens Fernando!!
É realmente muito triste quando isso acontece. Me lembro em 2008, quando o meu irmão mais velho morreu em um acidente de carro, no que chamo de “pior dia da minha vida”. Eu estava na faculdade, quando o meu telefone tocou, minha tia queria falar com o meu pai (sim, a notícia chegou antes para meus tios do que para nós) e eu estranhei a voz dela, mas ela não me disse nada. Segui com minha aula pouco importante, nem me lembro de qual era o tema, e quando a van me deixou em casa, meu pai estava chorando, com meu vizinho do lado, falando alguma coisa com ele, minha mãe veio até mim e falou o Pablo morreu, chorando muito também. Demorei uns 10 minutos para entender a mensagem. Cara, eu entendo a dor dessa família e deixo aqui os meus sentimentos.
É muito triste, de fato. Não segue a ordem da vida, e de maneira repentina, então.
Abel receberá todo o apoio do mundo do futebol, e aos poucos, retomará sua vida normal, mas certamente, jamais será a mesma.
É como se diz: quando a mãe/pai morre, ficamos órfãos. Quando o filho morre, não tem nome. Não dá para imaginar a dor, mas a vida vai andar.
Toda luz ao Abel e à família.
Até os que nunca tiveram infortúnio igual – tivemos – sentem como é duro, como bate no fundo da alma…
[…] x Fluminense Ainda abalado pela tragédia envolvendo o treinador Abel Braga, acrescida da perda técnica com a venda de Richarlison, o Fluminense deverá sofrer muito para […]