Créditos da imagem: Gledston Tavares/FramePhoto/Gazeta Press
Quase oito meses depois de decidirem a final da Libertadores, Cuca e Abel Ferreira se reencontraram para, dessa vez, definirem quem chegará novamente à final da competição continental.
Com dois dos três elencos mais caros do país, Atlético Mineiro e Palmeiras fizeram um jogo tão ruim, que seria mais justo que o finalista abrisse mão da premiação a ser conseguida, enquanto o eliminado deveria pagar pelo que mal fez em campo no primeiro jogo da decisão.
Cada vez mais periférico, o futebol brasileiro consegue, sob holofotes de toda a América do Sul e, provavelmente, de alguns lugares do mundo, produzir um jogo de futebol horrendo, duro de assistir, preguiçoso, de baixíssimo nível técnico.
O Atlético Mineiro, de Cuca, que por conta própria perdeu a Libertadores de 2020, não conseguiu acertar sequer um chute a gol, mesmo com um pênalti marcado a favor. Já o Palmeiras, que entrou para se defender, sai contente com um empate sem gols dentro de casa, na esperança de balançar as redes uma vez em Belo Horizonte e pressionar o rival a ter de fazer dois gols para alcançar a final da competição.
Em mais de 180 minutos do embate Cuca vs Abel Ferreira pela Libertadores da América, apenas um gol (feito nos acréscimos), e pouquíssimo futebol apresentado, o que dá a impressão de que o espetáculo é apenas uma parte que pode ser esquecida em prol do resultado.
No entanto, o que move financeiramente o futebol e garante elencos estrelados senão o entretenimento de quem o consome por prazer e diversão?
Enquanto a bola é ofendida em campo, surge no país uma geração que prefere ver jogos e torcer por times da Europa, ofertando tempo e dinheiro a produtos estrangeiros em detrimento do que é produzido por aqui.
Abel Ferreira, português, corre o risco de voltar para a Europa com dois títulos da Libertadores, mas sem convencer ninguém de que é um treinador capacitado para grandes elencos de lá. Cuca, por sua vez, pode perder a segunda Libertadores em dois anos por não conseguir fazer o time se impor em um momento crucial da competição.
A Conmebol, de tantos luxos e escândalos, se arrisca a ver seu principal produto de clubes cada vez mais deteriorado, somando-se ao vexame da última Copa América, quando o futebol foi ridiculamente apresentado até mesmo em sua decisão.
Até quando haverá alguém disposto a patrocinar o futebol brasileiro e sul-americano se por aqui uma semifinal da Libertadores não consegue sequer ficar em primeiro lugar na audiência da TV aberta?
Ah, e como se não bastasse, ainda teremos pelo menos mais 90 minutos de Abel x Cuca na semana que vem.
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