Créditos da imagem: Reprodução/O Dia
Futebol, música, comida e falar mal da Globo. As quatro paixões nacionais. E não é de hoje. Desde criança, não presenciei conversas em que as pessoas se referiam à Rede Globo com enaltecimento. Pelo contrário. Proclamar-se mal visto pela emissora sempre foi motivo de admiração. “O povo não é bobo, abaixo a Rede Globo!” era o bordão em 1984. Um ano antes de Roque Santeiro chegar, em alguns capítulos, a absurdos 100 % de audiência. O próprio coautor, Aguinaldo Silva, futuramente criaria uma personagem que só assistia televisão para “falar mal”. Uma espécie de esquizofrenia em que o sujeito só acredita naquele canal em que não acredita. Não deu no JN? Então não aconteceu.
A Globo também faz por onde. Especialmente quando escancara acreditar que, realmente, o que não está na sua tela não está no mundo. A partir disso, criou o conceito de que valoriza tudo o que mencionar. Não teve coragem de criar a SF (Scuderia Ferrari) ou a CCC (Coca Cola Company), mas criou a RBR e até a cidade de Toyota virou “região de Nagoya” durante um Mundial de clubes. Por mais que tenha dado força ao Corinthians em muitos momentos, os corintianos nunca vão esquecer que ganharam o “torneio da FIFA” em 2000, já que o Mundial foi transmitido pela concorrente. E o que dizer quando o prêmio de melhores do ano só cita produções da própria emissora? Nos anos 1990, o próprio global Fausto Silva já satirizava a prática, dizendo “vocês não viram!” ao público, quando a estrela de Pantanal (da extinta Manchete) foi a seu programa.
Estes são alguns entre vários exemplos – que incluem “passadas de recibo” nas quais, desculpando-se de um erro histórico, bajulam tanto o prejudicado que este vira um ícone constrangido. Porém, se o assunto for lado ruim, todas as outras têm esqueletos entupindo o armário. A Globo passou décadas agindo na base do “se há governo, sou a favor”, mas não foi o seu dono que ganhou a concessão chamando militares de “coisa nossa”. Se o tema for aspectos positivos, há que se encarar que foram raríssimas as situações em que uma concorrente produziu dramaturgia melhor. Isso para nem entrar nas questões técnicas sobre qualidade de som e imagem. O Grupo Globo, por mais defeitos que tenha, não comprou sua audiência e sua credibilidade, como se estivessem dando sopa na prateleira. É bem mais fácil superá-lo em ruindade que em qualidade.
Isso fica claro na parte esportiva. Mesmo no cabo, enfrentando grupos financeiramente fortes como Disney (ESPN e Fox) e Turner (Esporte Interativo). A Fox Sports tomou do SporTV qualquer chance de ter os piores debates esportivos do mundo – e isso com Galvão Bueno, Casagrande & CIA se esforçando. A ESPN, que traz momentos mais lúcidos, perdeu-se com uma quantidade incontável de conversa fiada. Ainda assim, houve quem vibrasse com a chance de só ver seu time jogando aos berros da turma do EI. “O negócio é peitar a Globo!”. O frenesi ocorreu nas últimas semana, com a discutível MP do mandante como detentor único do direito de arena. Chega de Luís Roberto falando “xabidiquem?” ou Luiz Carlos Jr. com seus nomes compostos. Bom mesmo é ouvir os comentários de Tavares, ex-integrante do ex-programa cômico Pisando Na Bola – ex-SporTV…
Eis que soou como traição a tentativa rubro-negra de cobrar dez reais de quem quisesse assistir ao confronto com o Volta Redonda. Nessa hora, o heroico intuito de enfrentar o status quo não foi suficiente para o pequeno dízimo. O Flamengo só voltou atrás porque, vejam só, faltou estrutura para viabilizar seu PPV. Não é fácil ser Robin Hood e querer que o povo pague para enfrentar os poderosos. Até dão a maior força. Mas, como diria o personagem de um clássico prefeito das novelas, “apenasmente” na parte moral. Se incluir a financeira, preferem seguir assistindo e falando mal da Globo. Paixão é assim mesmo…
Muito bom, é bem por aí!
Eu nem lembrava de alguns desses lances.
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