Créditos da imagem: Daniel Augusto Jr./Agência Corinthians
O Corinthians informou às federações e à TV que não jogará mais nem à noite nem aos domingos tanto pelo campeonato nacional quanto pelo estadual.
Algum engraçadinho poderia dizer que, haja vista a má qualidade do futebol apresentado pelo time até aqui, o clube certamente jogará na “segunda”, mas o assunto dessa vez é sério.
É improvável que o pedido do clube seja atendido, o que me faz acreditar que seja mais uma ação de reflexão necessária ao futebol brasileiro.
Paulo André e Maicon, que processou o rival São Paulo, podem gerar um abalo absurdo num padrão que estava, até então, estabilizado não somente no Brasil, mas no mundo todo.
Ora, joga-se futebol aos fins de semana em todos os países desde que a bola gira, e nem por isso atletas buscaram direitos por entrar em campo a noite ou aos domingos.
É desassociável da profissão de atleta não trabalhar aos finais de semana. Mudar os jogos para meio de semana afetaria diretamente o público, principal finalidade do espetáculo e aquele que sustenta o esporte mais amado do planeta.
Se atletas começarem a processar o clube e, claro, ganharem a ação, o futebol sofrerá um baque gigantesco, muito também por conta da grande maioria dos jogadores, “semi-profissionais”, por assim dizer, que trabalham em outra profissão durante a semana e defendem as cores de algum clube no sábado ou no domingo.
Certamente, é hora de se debater sobre este assunto. Se passarmos a seguir o regime celetista, os clubes precisarão de uma contrapartida significativa ou então a bola acaba.
É fato que os jogos seguirão aos domingos, pois atendem aos desejos do capital, mas os clubes não podem seguir entre a cruz e a espada.
Paulo André deu ao Corinthians a chance de alterar as condições trabalhistas existentes. São justas para os clubes, que pagam altos salários e ainda são processados?
Será preciso acompanhar bem de perto os próximos capítulos.
Olá. Parabéns pelo texto e por trazer essa possibilidade de debate.
Tenho visto pouco sobre o assunto, mas a lógica me parece clara.
Jogos aos finais de semana é mais lucrativo para os clubes, mas é mais desgastante aos jogadores. Os jogadores exigem que os jogos sejam no meio da semana, pois são menos desgastantes para os jogadores, mas o público é bem menor, o apelo comercial bem menor e, portanto, menos lucrativo para os clubes.
A pergunta que fica é, os jogadores estão também abertos aceitarem um futebol menos lucrativo para eles?
Se a resposta pra essa pergunta foi positiva, pode-se pensar em iniciar essa discussão, caso contrário, é pura utopia e egocentrismo por parte de alguns jogadores.
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