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Mãe é aquela que te dá carinho, amor e que proporciona momentos inesquecíveis em nossa história. Se na vida real todos temos uma mãe, o futebol também proporciona episódios tão épicos que só o amor maternal é capaz de explicar.
Não há nada que nos faça lembrar mais de uma mãe para um filho que os presentes entregues pelo Santos ao Palmeiras no biênio de 2014-15. Correndo o risco de ser rebaixado pela terceira vez em sua história, o Alviverde precisou se agarrar à fé, ou melhor, ao Peixe para se manter vivo na elite do futebol nacional em 2014.
Na época, bastava ao Santos perder para o fraquíssimo Vitória, no Barradão, e o Palmeiras ganhar do Atlético Paranaense em casa. De tão fraco, o alviverde paulista conseguiu um empate dentro de casa e viu sua torcida comemorar como um título o gol marcado por Thiago Ribeiro em Salvador, que garantiu o clube na Série A e evitou mais um vexame.
No entanto, enganam-se aqueles que acreditavam que o Santos não repetiria a “bondade” com seu rival Palmeiras. No ano seguinte, os clubes se encontraram na final da Copa do Brasil em condições distintas: enquanto o Peixe ascendia, o Porco caia e encarava um dos piores momentos da temporada.
Vitória fácil do Santos? Não. O clube aceitou, inexplicavelmente, adiar os jogos da final, o que permitiu ao alviverde se preparar, se recuperar e igualar o confronto realizados em dois jogos, o primeiro na Vila, o segundo no então novíssimo estádio palmeirense.
Mas parou por aí? Novamente, não. Com o confronto do primeiro jogo quase decidido, um estranho e desconhecido Nilson (gravado na história do futebol por um único lance) teve a bola do jogo, para praticamente matar o confronto, mas, sem goleiro e completamente livre, conseguiu bater para fora.
Era tudo o que o Palmeiras precisava. Na primeira divisão do Brasileirão, em recuperação para a decisão em casa e com uma desvantagem mínima, reverteu o placar e, nos pênaltis, alcançou o título da Copa do Brasil.
Ao Santos, uma belíssima mãe, nem a vaga na Libertadores, pois o clube abriu mão do Brasileirão na reta final e não conseguiu se classificar para 2016.
Uma relação linda de se ver. Maternal, eu diria. Que todo palmeirense sempre homenageie um santista no Dia das Mães.

Prata da casa oriundo “Das Tribunas”, este internacionalista é tão louco por futebol que tratou do tema até em seu TCC. Mestre em Análise e Planejamento em Políticas Públicas, também é colunista do site Meu Timão.