Créditos da imagem: Ivan Storti
Recuo do atacante santista para a lateral-esquerda faz lembrar a trajetória de Pittilanga
Pittilanga, o atacante que não marca gols, é o “patrimônio” deixado por Mono, personagem do filme Papéis ao Vento, para sua filha Guadalupe.
O problema é que todo o dinheiro que seria usado na educação da menina depende da venda do referido jogador.
Na tentativa de salvar esse duvidoso investimento e garantir o futuro da criança, o irmão e mais dois amigos do falecido decidem colocar em prática algumas estratégias nada ortodoxas, que vão desde a adulteração de imagens nos vídeos de Pittilanga, até a tentativa desesperada de mudar a sua posição dentro de campo (de centroavante, passou a ser oferecido para outros clubes como um “excelente”… zagueiro!!!).
Notaram onde quero chegar?
A fim de não ser injusto com Copete, gostaria de ressaltar o seu ótimo preparo físico e a sua personalidade.
Apesar da constrangedora falta de intimidade com a pelota, o colombiano é voluntarioso, “tem estrela” e faz alguns gols importantes (a ponto de ser objeto de interesse de outros clubes brasileiros, o que considero razoável, diante do baixo nível técnico que atualmente testemunhamos em nossos gramados).
No entanto, isso não é o bastante para um atacante do Santos, o time historicamente mais artístico do País.
De maneira que o jogador foi (acertadamente) recuado por Dorival Júnior na equipe – plano interrompido por Elano, mas que Jair Ventura colocou novamente em prática – e tem se mostrado mais adequado para a nova posição.
Se por um lado essa versatilidade é um mérito do colombiano, ela também evidencia que o Santos não adquiriu o atacante que imaginou.
E aqui chegamos à outra parte do filme, que trata especificamente do modus operandi da contração em si.
Em um dado momento, atraídos por vídeos, pelas especulações sendo feitas com inscrições de atletas na Itália e na Arábia Saudita, os empresários passam a enxergar Pittilanga no mercado. E assim outras pessoas passam a querer fazer parte do negócio: “representantes”, pai do jogador, escritórios de advogados, ex-treinador e um bando de urubus querendo um dinheiro rápido e fácil.
E na busca desesperada por tirar vantagem da situação, há um rosário de escapistas, oportunistas, miseráveis e profetas.
Por falar nesses tipos, alguém aí se lembra de como o zagueiro Noguera foi contratado pelo Santos? (LEIA AQUI)
É a comédia negra do nosso futebol.
E segue o jogo.
É ESFORÇADO, MAS RUIM DE BOLA!
EXCELENTE CRÔNICA, PARABÉNS FERNANDO
O Copete é mais um desses gringos que só fazem hora extra aqui!!!!!!! Não é possível que não tenha na base do Santos um garoto melhor que o Copete, na base do Corinthians um melhor do que o Romero… corredor raçudo tem um monte por aí!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
[…] – Papéis ao Vento: Copete e os Pittilangas do futebol […]
Belo texto!
[…] (era hora de passar o recado para o elenco: “agora é tudo ou nada”). Sobre Copete, não é a primeira vez que escrevo sobre como o voluntarioso colombiano é fraco tecnicamente. Deveria ser negociado em […]