Sobre Luxemburgo e Muricy tentando afogar as mágoas com conversa fiada

Créditos da imagem: Sportv

Uma noite no museu, com…

No ano em que Felipão ressurgiu das cinzas do fracasso e foi campeão nacional, dois colegas sentiram que, se o palmeirense é ultrapassado, eles são retardatários. Luxemburgo e Muricy são o atraso que não pediu carona pra voltar. Enquanto o gaúcho jogou Murtosa na prateleira e se atualizou (ao menos pra nossa porcaria de campeonato), os rivais medalhões continuam lá, respirando pó em meio a estátuas de cera. Mas não desistem. Seguem falando pra adeptos do auto-engano. E até estes já começam a se cansar. Querem novidades das velharias.

Vanderlei quer mostrar atualização. Estudando? Trocando de auxiliar? Parando de dizer que tudo deriva dele? Nada disso, amigo internauta que não ajuda nas transmissões. Ele virou “pojeto” de youtuber. Pra continuar falando que tudo o que é novo teve seu DNA. Mas não é só. Se não pode responder aos críticos trabalhando, vai no gogó mesmo. É chamado de decadente aqui e chama de ignorante ali. Vanderletes ainda não faltam na rede. Defensores da Terra plana também não. Escassez mesmo é de clubes interessados. Nem o canal do Youtube, nem a tradicional camaradagem midiática (com direito a Galvão dizendo que ele descobriu Sérgio Ramos), muito menos o sucesso do rival Scolari renderam propostas de emprego. Não dá pra dizer que faltaram vagas. Só que nem os irresponsáveis dirigentes arriscam outro “all in” – pra ficar numa linguagem que supostamente entende.

Muricy, que chamo carinhosamente de minha mula, já desistiu de treinar por motivo de saúde. Mesmo se os médicos deixassem, continuaria fazendo um favor – a si e aos outros – permanecendo de pijama. Aquele que prometeu abrir mão do Muricybol pra se inspirar no Barcelona, achando que era só falar pros jogadores tocarem a bola a esmo. Longe do campo, exibe toda a sua falta de noção no SporTV. Insiste em dizer que jogadores como Arthur são volantes. Como colegas de emissora, ainda divide o meio-campo em volantes (primeiro, segundo, terceiro, quarto…) e meias-atacantes. Passou uma semana “estagiando” em Barcelona e não entendeu nada. Deve estar ainda mais intrigado com o Mundial de 2011, quando seus três zagueiros viraram do avesso contra Messi e uma cambada de “volantes”. Podia ter aproveitado a aposentadoria pra compreender. Mas aqui não é trabalho…

Minha mula não se deu por satisfeita. Resolveu reclamar do São Paulo, dizendo que o clube “não aproveita a base”. Não, o leitor não foi parar no mundo bizarro. É o mesmo treinador que, no tricolor, promovia garotos pra que assistissem aos jogos do banco de reservas. Quando perguntado por que não jogavam, dizia que não aguentariam uma Bombonera lotada. Então por que promoveu? Dizem que era obrigado a promover – e, de vez em quando, escalar pra não dar na vista. No Santos, seguiu aproveitando jovens. Só que por dois ou três jogos, pra depois descascar os garotos em público. Como fez de volta ao SPFC, culpando Boschilia por um gol que aconteceu quando ele sequer estava em campo. Muricy diz ter sido sondado pelo Santos. Normal, já que especulações dizem que o clube vai trocar garotada por veteranos. Fosse o contrário, melhor nem telefonar. Ele prefere lavar louça.

2018 esteve longe de ser um ano dos sonhos do futebol brasileiro. Até quem tinha mais boa vontade com o futebol doméstico capitulou. A seleção do Super-Tite também não fez sua parte quando saiu do circuito americano. Por isso é um consolo quando Luxemburgo e Muricy abrem a boca. O torcedor com dois neurônios se sente como num quadro memorável da TV Pirata. Nele, o saudoso Guilherme Karan, desempregado e abandonado por todo mundo, decide visitar o Paraguai. Você vê que poderia ser muito pior…