Créditos da imagem: Thiago Ribeiro/AGIF
São infindáveis as críticas à fórmula do esdrúxulo Campeonato Carioca.
Com dois campeões de turnos distintos, Vasco e Flamengo, o torneio chega agora à sua verdadeira fase final, mas que na verdade é semifinal, pois inexplicavelmente Fluminense e Bangu, eliminados exatamente por Flamengo e Vasco, respectivamente, ganharam uma nova chance de se tornarem o verdadeiro campeão carioca.
Impossível entender ou explicar.
Tudo isso, é claro, foi feito para que a Federação não corresse o risco de perder duas datas de jogos (e consequentemente, perder dinheiro), já que, anteriormente, em caso de um mesmo campeão de ambos os turnos, o campeonato se encerrava com duas rodadas de antecedência.
Trocando em miúdos, a competitividade dá lugar, de maneira escancarada, ao dinheiro. Pouco importa se um mesmo time será capaz de dominar o estadual e vencer os dois turnos. Pouco importa se durante todo o campeonato, inexistiu algum time que pudesse fazer frente ao grande vencedor.
O que importa é dinheiro, claro. É cota de TV, que transmitirá mais dois jogos, é o percentual das rendas dos estádios, que irão diretamente ao bolso da FERJ.
Mas sabe o que é pior? Num país em que os campeonatos estaduais estão cada vez mais marginalizados, a ideia de criar uma fórmula desinteressante e desagradável não contribuiu em absolutamente coisa nenhuma.
É a antimarketing. Imagine você que algo já não te desperta mais o mesmo interesse de antes. Imagine agora que aqueles com a missão de salvar o campeonato conseguem piorá-lo ainda mais.
Aliás, é uma soma que não bate, pois se na conta fria a renda e a cota aumentam, com o campeonato esdrúxulo e o torcedor mal informado, a tendência é que o estádio deixe de lotar e, ao fim e ao cabo, o campeonato arrecade menos do que poderia.
Já pensou se o o Fluminense ou Bangu se torna campeão estadual sem vencereturno algum?
É mais um destes horrores que o futebol brasileiro se acostumou a protagonizar.
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