Créditos da imagem: Eduardo Moura / ge
Por um lado, o técnico, olhando para seu presente, fez bem em recusar. Renato é o treinador brasileiro de maior reputação neste momento. Com a saída de cena de estrelas como Scolari, Parreira, Luxemburgo e Muricy, e Tite na seleção, Renato é quem mais brilha.
O trabalho no Grêmio valorizou seu passe, dando a ele amplo poder para escolher seu destino. Pode escolher entre um clube que vai lhe dar um time supercompetitivo e um que lhe ofereça uma montanha de dinheiro. E o Corinthians não tem como oferecer nada disso. Assim, é melhor para ele esperar uma nova oportunidade.
Mas contratar Portaluppi seria tão bom assim para o Corinthians? O passado do treinador coloca uma imensa interrogação sobre esse ponto.
Ao contrário do que às vezes é dito, Renato não é um quase novato na profissão. Ao contrário, ele está mais perto do final da carreira do que do começo. Renato tem quase 59 anos, bem acima da idade média em que treinadores atingem o pico, por volta dos 50.
E, mesmo com essa idade, Renato tem uma carreira relativamente pequena. Teve apenas 12 trabalhos, sendo três no Grêmio e dois no Fluminense, clubes onde se destacou como jogador. Por três oportunidades, duas na década passada, ficou mais de um ano parado.
Desses 12 trabalhos, conquistou títulos em apenas dois. Antes dessa passagem no Grêmio, só tinha vencido a Copa do Brasil de 2007 pelo Fluminense. Dos 12 trabalhos, três foram no Grêmio, quatro no Flu e mais três no Rio. Seus únicos trabalhos fora desse eixo foram no Atlético-PR (12 jogos) e no Bahia, que deixou para ir para o Grêmio, em 2010.
Em resumo, quando assumiu o Grêmio em 2016, Renato Gaúcho era uma incógnita. Ele se tornou um técnico de respeito apenas agora, 21 anos depois de começar a carreira.
Será que é uma boa aposta esperar que ele vai mudar totalmente sua trajetória e emendar um sucesso em outro?
E, pro Corinthians, tem um outro complicador, além da falta de capacidade de investimento e da formação deficiente de jogadores da base: Renato Gaúcho é um homem de raízes.
Em toda a sua carreira, Renato Gaúcho conquistou 32 títulos por clubes, dos quais 18 relevantes. Tirando as conquistas no Grêmio e em clubes do Rio, o total cai a apenas dois, no Cruzeiro, em 1992, como jogador.
Em resumo, você contrataria um esportista com 33 anos de carreira, que não conquistou títulos na grande maioria dos trabalhos em 21 anos como treinador, que nunca venceu em São Paulo, não ganha fora de sua cidade e seu clube favoritos desde 1992 e que chegaria com moral suficiente para impor sua vontade em praticamente tudo?
Eu concordo inteiramente! Simplesmente não entendo o porquê da supervalorização ao Renato, já que ele vem de um trabalho ruim nos últimos 2 anos de Grêmio (justamente após a chegada dos treinadores estrangeiros).
Penso que o melhor nome para o Corinthians seria o Sylvinho, senão algum jovem europeu iniciante, mas a diretoria (e boa parte da torcida) parece ser provinciana demais para isso no momento.
O Renato fez muito bem em se preservar e recusar treinar o “timinho lixo”.
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