Créditos da imagem: Reprodução / Tribuna do Paraná
O Athletico Paranaense é campeão da Copa do Brasil 2019. Parabéns ao Furacão! Há muito que comemorar e vai além do título em si. Assim como há muito a trabalhar para continuar evoluindo. Sucesso passado não garante sucesso futuro e o clube de Curitiba parece saber disso.
Primeiro, é importante sempre lembrar que não é incomum vermos clubes de menor receita vencerem competições do perfil Copa. Inclusive na Europa, onde competições como o enfadonho Campeonato Português, que só viu Porto ou Benfica triunfarem nos últimos 16 anos e na Itália da Juventus 9 vezes campeã seguidas, as Copas locais são mais disputadas e dão oportunidade a outros clubes serem campeões.
Faz parte do processo de amadurecimento saber onde é possível chegar, focar na competição correta e continuar construindo o caminho para conquistas cada vez maiores.
Nesse sentido, o Athletico é um caso de sucesso no Brasil. Vai além do sucesso em campo, que na verdade é consequência. Alguns conquistam vitórias ocasionais, vivem de altos e baixos às custas de destruir as finanças para o próximo dirigente. O CAP tem um projeto sustentável.
Primeiro, tem um estádio novo, moderno e completamente de acordo com a necessidade. Espartano, mas confortável; Padrão Fifa, mas sem ostentar mármores, a Arena da Baixada é um caldeirão que impulsiona as conquistas, mas também um dos problemas a serem enfrentados em breve. A dívida com o BNDES está suspensa judicialmente enquanto o clube discute com a Prefeitura de Curitiba aumento na parcela de aporte da cidade nos custos de construção do estádio. Já há um valor direcionado, mas o clube entende que tem direito a mais, por conta do estouro de orçamento da obra. Problema. Se vier o dinheiro extra, será motivo de questionamentos. Se não vier, será motivo de preocupação, pois o fluxo de caixa pode estrangular.
Tem também um dos Centros de Treinamento mais modernos do país e de padrão internacional. O Caju é uma estrutura que permite ao clube desenvolver suas categorias de base de maneira eficiente. Mas categoria de base não é só campo e alojamentos de qualidade. O modelo de gestão, baseado em análises e controles via aplicações de tecnologia garantem que os atletas sejam efetivamente formados.
Falando em tecnologia, o clube possui modelos de controle dos profissionais que são semelhantes aos dos grandes clubes europeus. Scouting, monitoramento de elenco e de atletas de outros clubes. Tudo via relatórios completos e diagnósticos precisos. Ajuda a descobrir talentos e favorece a evolução de quem está em casa.
Além disso, o clube usa o Estadual para colocar as categorias de base em campo, dando experiência em competição oficial profissional e garantindo a melhor pré-temporada possível para o elenco suportar a maratona de competições no ano.
Na parte administrativa, o Athletico também está à frente. O Clube tem estrutura, balanço e governança que lhe permite sair na frente assim que as estruturas legais tornarem favoráveis a transformação das associações em clubes empresas. E os números, que eram equilibrados, terão um ano de 2019 impressionante, conforme projeção que segue:
O clube deu um salto em 2014, apresentou crescimento lento mas constante até 2018 e, agora em 2019, tende a chegar a um faturamento impressionante, na casa dos R$ 300 MM. Naturalmente impulsionado pelos R$ 62 MM de premiação da Copa do Brasil (acumulado pela participação) e pela venda de Renan Lodi (perto de R$ 85 milhões).
As conquistas também impulsionam receitas com bilheteria e sócio torcedor, e até a TV deve ser maior que a de 2018, mesmo considerando que o clube não tem contrato de PPV. O resultado disso é uma geração de caixa impressionante, como vemos abaixo:
Desde 2010, o clube não tem geração de caixa (EBITDA) positivo de maneira recorrente, mas em 2019 há uma boa expectativa que alcance. E a geração de caixa total, que inclui a venda de atletas e premiações deve ser de cerca de R$ 160 milhões, valor que permitirá ao clube ajustar sua posição de dívidas, manter as estruturas no estado-da-arte. E mais dinheiro, com equilíbrio, permite ser mais efetivo nas negociações para receber aporte de investidores, negociar contratos. Como fizeram com as negociações da TV Aberta e do PPV, quando não aceitaram as condições da TV.
Planejamento, equilíbrio, gestão. Os segredos do Athletico que nem são tão secretos assim para quem entende que futebol é negócio, e negócio precisa ser sustentável.
Uau, mais de 300 milhões de faturamento neste ano? Com essa projeção corre o risco, então, de o Athletico fechar o ano acima de Inter e Cruzeiro, não? Caso isso aconteça, ele deixaria para trás SETE dos chamados “12 Grandes”.
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