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Jogador de futebol por aqui é mesmo um privilegiado. E não é pelo bom salário que recebe – alguns milionários, e nada tenho contra-, outros médios, e os que pouco embolsam, é porque não têm qualidades, mesmo, e deveriam buscar outras profissões.
Nem é, apenas, pelo tratamento de príncipes que recebem nos clubes – médicos, dentistas, nutricionistas, preparadores físicos, viagens confortáveis, hotéis cinco estrelas etc. Tudo para seus confortos e para que atuem bem.
Nem é, só, pelas amizades que angariam, facilidades, presentes – mesmo tendo de aturar, algumas vezes, puxas-sacos chatos além do limite. Verdade que de uns tempos para cá, seus assessores e assessores dos assessores trabalham para afastar esses últimos, muitas vezes exagerando na dose e errando na medida.
Quero mesmo é falar dos privilégios que recebem de boa parte da imprensa, incluindo os que assim se comportam por aqui, repetindo velhos chavões, que valem como sentenças que absolvem preventivamente.
Quer ver? O São Paulo contratou Daniel Alves, um polivalente. Tem 36 anos, assinou por três e vai receber, para os padrões desta Terra de Santa Cruz, um caminhão de dinheiro por mês. Sendo verdadeiros os números falados – a gente nunca sabe como ficam sabendo – quase um apartamento de 140 m² aqui no Brooklin a cada mês. Novinho em folha.
E sabe o que estou lendo? Uns afirmando, outros indagando, se os demais jogadores, que recebem menos, irão correr por ele. Se não se encostarão no campo etc. Ora, ora, caros amigos, devem correr por ele, abraçá-lo após cada bola que venham a receber açucarada. Até porque, de duas, uma: ou eles já não estão correndo, ou são uns grandes pernas-de-pau – já que o time, faz tempo, é uma baba. Uma carroça morro acima.
Por fim, uma lembrança que serve como lição que todos eles, indistintamente, deveriam aprender. Zito, o grande José Eli de Miranda, ao contrário de outros, torcia e até “exigia” que Pelé ganhasse cada vez mais do Santos. E me explicou: “meu negócio é receber a metade do que ele ganha”.