Créditos da imagem: Divulgação / CSA
A diretoria do CSA anunciou, nesta semana, a venda do jogo contra o Flamengo, pelo Campeonato Brasileiro, a ser realizado no dia 12 de junho, agora no estádio Mané Garrincha, em Brasília.
À primeira vista, o valor pago ao CSA, em torno de R$ 1,5 milhão, frente às rendas dos jogos contra Palmeiras e Santos, que foram bem abaixo desse montante, faz parecer que a equipe alagoana fez um ótimo negócio e lucrará mais do que se mandasse o jogo em seu próprio estádio.
E é exatamente aí que mora o problema: quando uma má gestão faz um mau negócio parecer um bom negócio.
O CSA, incapaz de fazer promoções suficientes para lucrar algo parecido com este valor, acaba vítima de seu próprio amadorismo. Imagine que uma estrela e ídolo do clube, Felipão, foi para Alagoas, treinou o Palmeiras, encheu o estádio, mas nada de mais foi feito pelo clube para, de alguma maneira, elevar seus gastos e trazer mais renda ao time.
Da mesma forma, o futebol bonito e bem jogado do Santos, passou por Alagoas como se passasse um clube qualquer e nada, do ponto de vista financeiro, foi feito para que arrecadação líquida passasse sequer de 100 mil reais.
Agora, contra o Flamengo, clube com o maior número de torcedor no estado de Alagoas, a diretoria resolve levar o mando para longe, com a análise fria e de curto prazo dos números. Esquece o tanto de eventos e campanhas que poderiam ser feitos para aproveitar ao máximo a força de um clube que move pessoas por onde passa.
Além disso, esquece também que futebol se faz também a médio e longo prazo. A força esportiva perdida ao jogar em campo neutro pode fazer falta ao final do campeonato na luta contra o rebaixamento.
Tudo isso sem contar o prejuízo repassado à cidade, que espera uma forte movimentação na economia, já que a presença de uma Flamengo no estado tem, relativamente e guardada as devidas proporções, a força popular de um evento de grande magnitude.
Por fim, até mesmo para o Flamengo esta decisão é bastante desfavorável. É claro que, para a sua briga de título, jogar em Brasília é mais fácil, teoricamente, que encarar o caldeirão em Alagoas. Mas a médio e longo prazo, o Flamengo perde uma chance de fortalecer seu vínculo e manter fieis seus torcedores num estado em que não joga há muito tempo.
Isso corrobora a ideia do aumento de vendas de camisas de clubes estrangeiros no Brasil, já que, para um torcedor alagoano, torcer para o Real Madrid, Manchester City, Barcelona ou Flamengo é quase a mesma coisa, já que só tem a chance de os ver mesmo pela TV.
E é claro que o esporte que se joga na Europa chama muito mais a atenção do que aquele que aparece na TV aberta uma ou duas vezes por semana.
Enfim, embora a curto prazo pareça algo vantajoso para todos, a médio e longo prazo o prejuízo é infinitamente maior. Este é um mal que assola o futebol brasileiro, a gestão feita às pressas, de olho apenas em seu próprios mandato, como se o clube não precisasse sobreviver depois.
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